Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

WJ Solha é um gênio e nunca será esquecido; e ainda será universalmente reconhecido

rocha100.blogspot.com.br

Tendo voltado a visitar o Facebook, estando a apreciar, dentre outras belas páginas, aquelas excelentes conversas de Solha com seus amigos, notei-lhe uns traços de desencanto; ele dizia que estava sendo esquecido, embora os amigos lhe afirmassem que não. Neste caso, o gênio está errado, os seus amigos estão certos. Os gênios não são esquecidos. Solha é um gênio e sabe disso, embora não goste que se diga. O reconhecimento universal que, cedo ou tarde, sempre vem para os gênios, virá para Solha; é questão de tempo.

Por falar em tempo, eu ganhei tempo. Vejam só: para escrever este post, fui pesquisar, no Google, uma obra de Solha da minha especial predileção, aqueles "Brevíssimos ensaios ilustrados"; e o que encontro? Ora, encontro, na cabeça da página, dois textos meus, um de 2011 outro de 2012, publicados aqui neste Blog ROCHA 100 (ganhei tempo e também um tantinho de orgulho literário). Eu os arrasto pra cá, e pronto: entrei na conversa. O primeiro, que é curtinho, vai inteiro; do outro, que é longo, vai só o início. Eis aí:


quinta-feira, 17 de março de 2011

“Breves ensaios ilustradíssimos” ou “Brevíssimos ensaios ilustrados”: do genialíssimo Solha

O mais importante trabalho artístico-cultural (inclusive filosófico; sendo a filosofia a papa fina da cultura) do Brasil está sendo feito na Paraíba, no site “eltheatro.com”, por WJ Solha. Os tais ensaios tratam desde Deus até ao diabo. Com espantosa erudição e surpreendente clareza (os eruditos costumam ser obscuros). E as ilustrações? Ah, as ilustrações! Sabem aquele tom sarcástico em que uma pessoa, depois de explicar algo bem explicado, pergunta: “Tá bom ou quer que desenhe?”?. Sem sarcasmo, é isso que Solha faz: ele desenha as ideias e os conceitos, com o melhor acervo pictórico do mundo, onde se incluem obras do próprio Solha. O site “eltheatro.com” é, de longe, o melhor site de cultura do Brasil, e concorridíssimo. Mas Solha tem ainda a obrigação de transformar os seus “Brevíssimos” ou “Ilustradíssimos” em livro. Um livro grande, deste tamanhão, de luxo, em capa dura e papel couché, na mais requintada técnica de policromia. Será o maior lançamento de 2011. Ou de qualquer ano em que for lançado.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

WJ Solha e o Marco do "Marco do Mundo"

W. J. Solha é um gênio. Escrevi isso mais de uma vez e ele não gostou. Que é que posso fazer?
Faz tempo - eu já considerava o romance Israel Rêmora uma obra-prima, mas nem sabia que Solha era pintor -, estando a perambular pela Reitoria da UFPB, deparei-me com uma exposição de quadros de Solha retratando personagens de Shakespeare: em se tratando da arte da pintura, foi o maior impacto artístico da minha vida. Recentemente, Solha publicou no excelente ELTHEATRO.COM uma longa série de ensaios intitulados "Breves e Ilustradíssimos" (ou "Brevíssimos e Ilustrados", uma coisa assim); nem todos breves, mas todos geniais. Ensaios artístico-filosóficos de espantosa erudição, sem similar no Brasil.
Genialidade na Paraíba, aliás, não é coisa rara; e Solha é paraibano, de Pombal, embora tenha nascido em São Paulo.
Admirador e fã, tenho, não obstante, implicado com uma determinada intenção filosófico-literária de W. J. Solha: a desconstrução do cristianismo. Tal implicância se explica facilmente pelo fato de ser eu um cristão devoto e fervoroso. Porém, o que é difícil de explicar é o seguinte: apesar de pretender desconstruir o cristianismo, a maior e melhor parte da obra do angustiado gênio de Pombal é repassada, ou transpassada, por genuíno espírito cristão; se não a fé e a esperança, pelo menos a caridade.

Parêntese: embora a angústia seja tema recorrente na sua obra (daí o epíteto acima referido), Solha não é, de fato, um angustiado. Também não é doido. Esse, aliás, é o único possível motivo para se desconfiar da genialidade de Solha, porquanto os gênios, de ordinário, são abilolados e sofrem horrores com a chamada "angústia existencial".

Todavia, embora sereno, equilibrado, ponderado e lógico, o Anticristo de Pombal teve lá, um dia, sua agonia. E recebeu a visita de, vejam só...: Jesus Cristo; em pessoa.
Pior do que Tomé, um teimoso rude, o sofisticado intelectual marxista não acreditou no que seus olhos viram.
Isso faz tempo. Voltemos aos dias de hoje.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

"Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém..." - Angelus Silesius

Angelus Silesius (1624-1676), pseudônimo de Johannes Scheffer, nascido em Breslau, na Polônia, foi grande místico cristão, médico, jurista, filósofo e expoente da poesia barroca alemã. É dele, no meu entender, a mais bela e forte mensagem de Natal jamais escrita; esta:


“Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
Em vão olharás a Cruz do Gólgota
A menos que dentro de ti, ela seja novamente erguida.

domingo, 25 de dezembro de 2016

A Luz do Mundo - Mensagem de Ano Novo


rocha100.blogspot.com.br

(Por especial pedido do meu querido irmão Fernando, tenho publicado esta mensagem todo fim-início de ano, desde 2005)

Caminhava Jesus com seus discípulos quando avistou um cego de nascença. Os discípulos quiseram saber se o infeliz estava pagando os pecados próprios ou os pecados dos pais. Jesus respondeu que nem o cego nem os pais haviam pecado, mas era necessário que naquele sofredor se manifestassem as obras de Deus; e dispõe-se a curá-lo, dizendo: "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (João: 9, 5).
     Todos nós somos cegos de nascença; não cegos da visão, mas cegos do entendimento. Cegos da visão, alguns. Cegos do entendimento, todos. Não que a razão humana não possa conhecer, mas ela só conhece pelo tato aquilo que melhor conheceria pela vista.
     A razão humana, a rigor, apenas tateia a verdade; sendo da essência mesma desta nunca se revelar na sua inteireza.
     Acresce que esta humana razão conhece sempre melhor o que importa menos, e pessimamente o que importa mais.
     Porque muito mais importa a verdade moral do que a verdade factual, muito mais as verdades interiores do que as verdades exteriores, muito mais as verdades da vida eterna que não vemos do que as verdades da vida efêmera em que vivemos.
     Por isso foi necessária outra luz, além da luz da razão.
     Se a razão tudo pudesse entender, não careceria Deus de enviar uma nova luz ao mundo.
     Desde que apareceu no mundo, há 2017 anos, essa luz aquece e ilumina sem cessar, e seu combustível é o amor.
     A denominação de "mago", na Antiguidade, indicava o sábio, especialmente da mais excelsa sabedoria da época: a sabedoria astrológica. Os três reis magos são, portanto, os três reis sábios.
     Estes sábios, ao seguirem a estrela, iam a procura de uma luz nova, uma luz que pudesse iluminar mentes já saturadas de toda ciência, cansadas de muitas procuras, desesperançadas de tantas decepções.
     Eles a encontraram, a luz em botão, na forma de um bebê em uma humilde manjedoura.
     Essa pequenina luz se fez a Luz do Mundo.
     Hoje, neste início de 2017, por mais saturado, cansado e desesperançado que você esteja; esta luz esta ao seu alcance.
     Procure-a com o coração.

Washington Rocha