Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O sol da liberdade nunca se põe; mas o livro da Liberdade vai ter apresentação no Pôr do Sol Literário

Sentimo-nos honrados em poder participar do evento Pôr do Sol Literário, promovido pela nossa intrépida APL. Nesta quinta-feira, 30/06. Eis aí o belíssimo Convite, seguido de notícia do Portal Correio. Contamos com vocês.





Divulgação/APL
Academia Paraibana de Letras
A Confraria Sol das Letras promove, nesta quinta-feira (dia 30), o XXX (30º) Pôr do Sol Literário no Pátio Academos, da Academia Paraibana de Letras. Esta edição registrará homenagem ao professor Afonso Pereira, por Clemilde Torres Perreira, além de promover debate em torno do livro “Dom Sertão, Dona Seca”, do escritor e poeta Otávio Sitônio Pinto.



O livro de Sitônio será apresentado pelo acadêmico Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins. Em seguida, haverá o lançamento dos livros “Sentimento e tanto”, da escritora Carolina Lins, que será apresentado por Dayanna Correia Lins Tavares, e “Natureza de excelência da liberdade e da democracia” de Iremar Bronzeado, Washington Rocha, Catarina Rochamonte e Manuel Alves da Rocha, com apresentação do jornalista e escritor Washington Rocha.

O evento prosseguirá com performance artística de Rodrigo Kesselring, que tocará peças de Astor Piazzolla e Villa-Lobos. Por fim, esta edição do Pôr do sol destacará os trabalhos da artista plástica Socorro Lucena, natural de Itabaiana.

Sol das Letras

O Pôr do sol literário já se consolidou como um dos mais prestigiados eventos da área literária na Paraíba. O grupo Sol das Letras foi criado para estimular a produção, criação, divulgação e debate sobre a literatura paraibana, nos cenários regional e nacional. 

A confraria tem por meta protagonizar, além do Pôr do sol, outras iniciativas, a exemplo da realização da I Flor (Festa Literária do Extremo Oriental), a premiação das melhores obras do ano e ainda um concurso público, com o objetivo de projetar a literatura paraibana, não apenas no Estado, mas em todo o país.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

'The Walking Dead': a caminhada das patrulhas zumbis

rocha100.blogspot.com.br

Não é à toa que a série norte-americana 'The Walking Dead' faz tanto sucesso mundo afora. Com efeito, os mortos caminham. No Brasil, caminham, falam pelos cotovelos e mentem como o diabo. Cumprem também, orientados pelo mestre Belzebu, a aporrinhante missão de patrulhar os vivos: quem não concorda com as ideias mortas dos mortos-vivos, quem não se submete aos seus trevosos desígnios, é chamado de "golpista", "fascista", "coxinha" e "manipulado pela TV Globo". Mesmo com horror, convém revisitar, rapidamente, o mundo geral das trevas.

Vai fazer um século no próximo ano, eclodiu na Rússia a revolução bolchevista, garantindo que através da violência ("parteira da história", como reza a doutrina marxista) o paraíso se abriria na terra. O resultado foi terror e servidão, culminando com o horror do genocídio promovido por Stalin. Os zumbis cultuam aqueles tempos macabros, são devotos de tiranos defuntos, continuam pregando que a violência revolucionária constrói o paraíso. Antes do paraíso, porém, o inferno. Todos os regimes bolchevistas promoveram o terror; uns assassinaram na escala de milhares, outros exterminaram na escala de milhões. O cientista político R. J. Rummel, no artigo "Marxismo: a máquina assassina", publicado no site do Instituto Ludwig von Mises (28/04/2013), registra:

"No total, os regimes marxistas assassinaram aproximadamente 110 milhões de pessoas de 1917 a 1987".

Os zumbis rejeitarão esse registro ou justificarão os assassinatos. Mas existem dezenas de registros semelhantes, testemunhas, narrativas, imagens; um sem fim de evidências. Seja como for, os zumbis sempre darão um jeito de capturar os fatos e submetê-los aos seus propósitos de propaganda.

No século XX, do Leste Europeu à Ásia, o marxismo revolucionário submeteu metade da humanidade à servidão. Até que esse modelo, de ruim que era, apodreceu e foi caindo aos pedaços. O símbolo desta queda, que ainda não se concluiu, foi a queda do muro de Berlim, ocorrida em 1989. Isso todo mundo sabe, todo mundo viu; mas os zumbis ainda não entenderam.

A queda, como se disse, não se concluiu. Alguns regimes do socialismo bolchevista, também dito comunismo, resistem; embora com adaptações. A China continental, ainda que mantendo a ditadura de partido único - modelo comunista típico -, reintroduziu o capitalismo na sua forma mais selvagem, com exploração brutal do trabalho.  Já se escreveu sobre isso extensamente. Para rápida introdução ao tema, recomendo o artigo "O inferno na fábrica do mundo", do economista e ambientalista Ricardo Coelho (disponível no site "matéria incógnita"). Reproduzo um trecho:

"Não é fácil encontrar as palavras certas para descrever o horror que enfrentam diariamente os trabalhadores chineses que produzem muitos dos bens que consumimos por aqui. Podemos, contudo, ter um retrato parcial da situação através de uma excursão pelas várias dimensões da exploração laboral.
Comecemos pelas mortes no trabalho. Nas fábricas chinesas, onde muitos trabalhadores têm de trabalhar 26 dias por mês, 12 horas por dia, e suportar turnos de 24 horas ou mais, é tão comum alguém morrer de cansaço que até criaram uma palavra para isso: 'gulaosi'.". Ricardo Coelho.

Enquanto isso, em Cuba, a ditadura de meio século dos Castros faz uns ensaios de abertura econômica, procurando se escorar nos EUA, e até já recebeu o presidente Barack Obama e os Rolling Stones. Pois, os zumbis brasileiros exibem uma hostilidade contra o capitalismo e contra os EUA que definha na China e esmorece em Cuba (da parte de alguns zumbis milionários, o anti-capitalismo é da boca pra fora, pois vivem no luxo burguês e adoram passear pelos States e pela Europa).

Já a Coreia do Norte permanece inabalavelmente fiel aos princípios totalitários do comunismo, sendo devidamente reverenciada no Brasil pela ala dos zumbis stalinistas. Todavia,  a paixão maior dos zumbis brasileiros é mesmo a ditadura de Cuba. Um fenômeno curioso, vejam isto:

Em Cuba, em abril de 2003, após julgamento sumário, três dissidentes foram condenados à morte e fuzilados.Vejam registro no site Folha de São Paulo, edição de 12/04/2003:

"Três homens condenados em Cuba pelo sequestro de uma lancha de passageiros na semana passada foram executados ontem após um rápido julgamento. Eles foram condenados à morte na última terça-feira por "atos muito graves de terrorismo", e a sentença foi mantida pelo Supremo Tribunal de Cuba e pelo Conselho de Estado, presidido pelo ditador Fidel Castro (no poder desde 1959).".

Essas execuções revoltaram até mesmo alguns aliados fiéis do regime cubano. O escritor português, Prêmio Nobel de 1998 e veterano comunista, José Saramago escreveu, então, uma carta que ficou famosa, sendo emblemática sua frase de abertura: "Até aqui cheguei". É uma carta tão contundente quanto curta. Reproduzo tal como recolhida do site Folha de São Paulo, edição de 16/04/2003.

"Até aqui cheguei. De agora em diante, Cuba seguirá seu caminho, e eu fico onde estou. Discordar é um direito que se encontra e se encontrará inscrito com tinta invisível em todas as declarações de direitos humanos passadas, presentes e futuras. Discordar é um ato irrenunciável de consciência. Pode ser que discordar leve à traição, mas isso sempre tem de ser mostrado com provas irrefutáveis. Não creio que se tenha atuado sem deixar lugar a dúvidas no julgamento recente de onde saíram condenados a penas desproporcionais os cubanos dissidentes. E não se entende por que, se houve conspiração, não tenha sido expulso já o encarregado do escritório de interesses dos EUA em Havana, a outra parte da conspiração.
Agora chegam os fuzilamentos. Sequestrar um barco ou um avião é um crime severamente punível em qualquer país do mundo, mas não se condenam à morte os sequestradores, sobretudo ao ter em conta que não houve vítimas. Cuba não ganhou nenhuma heróica batalha fuzilando esses três homens, mas sim perdeu minha confiança, fraudou minhas esperanças, destruiu minhas ilusões. Até aqui cheguei.". José Saramago.

Depois de alguns meses de contida amargura, a esplêndida artista e combativa militante de esquerda Mercedes Sosa também rompeu com a ditadura de Fidel Castro. Vejam a notícia, tal como recolhida do site "Collor abc", edição de 26/09/2003:

"MIAMI, 25 (ANSA). La cantante argentina Mercedes Sosa afirmó en Miami que la ejecución en Cuba de tres hombres que en abril intentaron secuestrar un bote con pasajeros, a los que tomaron como rehenes, determinó su decepción con el gobierno de Fidel Castro.
'Hasta allí llegó mi amor', reiteró Sosa, opositora a la última dictadura militar argentina e identificada con los ideales de los movimientos de izquierda en Latinoamérica. Afirmó que "nunca pensó" que llegaría a sentirse defraudada del Gobierno cubano.".

Os zumbis brasileiros nunca "chegaram" nem sequer a um ponto de crítica; seguem como devotos cegos de Fidel, do Che, da mística de Sierra Maestra.

Nostalgia é coisa muito forte, mas os zumbis brasileiros cultuam também o Socialismo do Século XXI - dito chavismo ou bolivarianismo -, cujo regime fascista do podre Nicolás Maduro na Venezuela é o resultado mais expressivo. Esse regime assassino vem desgraçando a Venezuela com violência e fome, a grande maioria dos venezuelanos exige o seu fim. Todavia, o brasileiro que se solidarizar com o povo venezuelano contra o regime chavista será chamado pelos patrulheiros zumbis de "fascista", "imperialista", "reacionário" e "manipulado pela TV Globo".

Função de patrulheiro é patrulhar. É muito chato ser patrulhado, mas as patrulhas zumbis têm o direito de fazer caminhadas e discursos; apenas não será prudente deixá-los falando sozinhos. Contra a caminhada dos mortos-vivos, os vivos precisam também caminhar, ocupar ruas e praças, clamar contra o retorno das trevas. 31 de Julho será dia de grande caminhada dos vivos: em prol da luz, da liberdade, da democracia.

31/7 EU VOU!








domingo, 12 de junho de 2016

Autoritarismo, a face semi-oculta do lulopetismo - ou, mirem-se na Venezuela

rocha100.blogspot.com.br

Numa engenhosa articulação que juntou esquerdistas marxistas com direitistas fisiológicos, o PT construiu o esquema político mais corrupto da história do Brasil: o lulopetismo, que comandou o país por 13 anos. Isso, a maior parte da população sabe; a outra parte finge que não sabe, ou tenta minimizar, dizendo que outros também roubaram, roubam e roubarão (e isto é verdade; porém, roubar como o lulopetismo, nem o ademarismo e o malufismo conseguiram). A corrupção é a face escancarada e escandalosa do lulopetismo. A outra face, o autoritarismo, tem merecido menor atenção da opinião pública, embora tenha sido por diversas vezes exposta e seguidamente denunciada.  É preciso insistir nessa denúncia, enfatizar essa denúncia, martelar essa denúncia. É preciso entender que a corrupção lulopetista serviu, principalmente, ao projeto de poder autoritário do PT. Apesar de vários ensaios, o projeto não se consumou. Mas o PT não desistiu: para consumá-lo quer o retorno de Dilma à presidência. Ter ideia de qual seria o resultado da consumação de tal projeto não é difícil, basta olhar para a Venezuela, onde foi consumado o projeto modelo do autoproclamado Socialismo do Século XXI, também conhecido como chavismo ou bolivarianismo. O regime fascista do podre Nicolás Maduro tem apoio declarado do PT. O regime implantado por Hugo Chávez tem servido de inspiração ao PT e, de modo geral, à esquerda marxista brasileira (coitado de Marx, nem ele merece). Outro regime pelo qual o PT morre de amores é a ditadura de meio século dos Castros, em Cuba. Tem também a ditadura dinástica da Coreia do Norte, louvada pela ala stalinista do lulopetismo.

Muitos são os que têm denunciado o autoritarismo do PT. No momento, quero destacar o jurista Ives Gandra Martins, que no artigo "O PT incompatível com a democracia" apanhou o partido chefiado por Lula e presidido por Rui Falcão em flagrante delito de autoritarismo. Procurem para ler na íntegra; baste aqui a reprodução dos parágrafos iniciais:

O PT incompatível com a democracia

(artigo publicado originalmente em O GLOBO, edição de 27 de maio de 2016)

Li, com muita preocupação, a “Resolução sobre a conjuntura” do PT, análise ideológica, com nítido viés bolivariano, sobre os erros cometidos pelo partido por não ter implantado no Brasil uma “democracia cubana”.

Em determinado trecho, lê-se:

“Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação”.

De rigor, a ideia do partido era transformar o Estado brasileiro num feudo petista, com reforma do Estado pro domo sua e subordinação a seus interesses e correligionários, as Forças Armadas, o Ministério Público, a Polícia Federal e a imprensa.

O que mais impressiona é que o desventrar da podridão dos porões do governo petista deveu-se, fundamentalmente, às três instituições, ou seja, imprensa, Ministério Público e Polícia Federal, que, por sua autonomia, independência e seriedade, não estão sujeitos ao controle dos detentores do poder. [...]. Ives Gandra da Silva Martins


Essa referida pérola de sinceridade autoritária, constante da Resolução do Diretório Nacional do PT de 17/05/2016, passou a ser escondida pelos petistas e amplamente divulgada e comentada pelos adversários do PT e do autoritarismo em geral. É o que faço. Acrescento que o sequestro do Estado pelo partido, a subordinação das instituições aos interesses doutrinários do partido no poder, é a substância mesma do nazifascismo. Foi assim na Itália de Mussolini, foi assim na Alemanha de Hitler. Com adaptações cucarachas, essa história se repetiu na Venezuela; mas o fascismo chavista já apodreceu e está bem perto do fim. Não permitiremos que o autoritarismo venha apodrecer o Brasil. A resposta democrática à tentativa de retorno do regime corrupto-autoritário lulopetista será dada nas ruas, na mega manifestação de 31 de Julho.

31/7 EU VOU!

 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

31/7 EU VOU!: a Democracia voltará às ruas para livrar o Brasil, de vez, da assombração dos zumbis do volume morto

por Washington Alves da Rocha

rocha100.blogspot.com.br

Afastado do poder, atolado na lama do volume morto, o lulopetismo tem enviado às ruas seus zumbis, em diversas manifestações contra o governo interino e pela volta de Dilma Rousseff. Manifestação política é um direito, claro. A questão é que os lulopetistas sempre ultrapassam o direito. No mensalão, ultrapassaram o direito e muitos foram parar na cadeia. No petrolão, idem. A presidente Dilma ultrapassou o direito e foi devidamente afastada. Nas suas manifestações, os zumbis lulopetistas têm, muitas vezes, ultrapassado o direito; na forma, tipicamente fascista, da depredação, da intimidação, do esculacho e da agressão física.

As últimas revelações, gravações e delações somam novos indícios e evidências sobre o que já se sabia: Lula foi o chefe do esquema de corrupção institucionalizada, desde o mensalão até o petrolão; esquema com o qual o PT pretendeu acentuar seu autoritarismo e estender indefinidamente seu governo (como os nazistas, que pretendiam um "Reich de Mil Anos"). As referidas revelações, gravações e delações mostram também que Dilma se envolveu no petrolão até à raiz dos seus dourados cabelos, zelosamente tratados pelo fenomenal cabeleireiro Celso Kamura. Na vigência do Estado Democrático de Direito, o que se prevê é que Lula e Dilma sejam punidos pela Justiça; não que voltem ao poder. É difícil conceber que o Senado da República seja suficientemente irresponsável e estúpido para promover o caos, permitindo a volta de Dilma. Certo como o sol há de nascer amanhã, a imensa maioria do Povo Brasileiro não aceitará o retorno ao poder de um agrupamento político comprovadamente autoritário, corrupto, criminoso. O impeachment definitivo da presidente afastada é um imperativo de salvação da democracia, da liberdade, da paz e da possibilidade de prosperidade; retirando-se o país da recessão, da inflação, do desemprego e da violência avassaladora. O impeachment definitivo é um imperativo de salvação nacional.

Não se pode permitir que os zumbis lulopetistas permaneçam exclusivos nas ruas, falando e gritando sozinhos, assombrando os tímidos, mentindo sem contestação, tentando arrastar todo mundo para a escuridão do volume morto. Claro que os zumbis têm direito de livre manifestação. Nós outros, democratas e libertários, temos o dever de contrastá-los. Não pelo confronto físico, mas pelo confronto numérico, reafirmando o que já foi comprovado em anteriores e magníficas manifestações com milhões de pessoas: somos maioria.

Eis que o Vem Pra Rua e o MBL iniciaram convocação de uma nova mega manifestação: para 31 de Julho, pelo impeachment definitivo da presidente Dilma. Esta é a principal agenda da democracia: 31/7 EU VOU!

Entendo que, para seu bom êxito, diversos atos políticos devam anteceder a anunciada mega manifestação. Aqui em João Pessoa, estamos dispostos a participar de iniciativas nesse sentido. Quem estiver igualmente disposto e quiser entrar em contato:

e-mail: rochealves@yahoo.com.br  -  cel: (83) 98744-2140.  

quarta-feira, 1 de junho de 2016

"Não há democracia sem liberdade": Hildeberto Barbosa escreve sobre livro organizado por Catarina Rochamonte

rocha100.blogspot.com.br

De forma quase unânime, Hildeberto Barbosa é considerado o maior crítico literário da Paraíba. Eu, particularmente, entendo que seja o maior do Brasil. É também esplêndido poeta, senhor absoluto da lírica lá na "Comarca das Pedras". Enfim, navega como desbravador pelo "mar sem fim" do pensamento. Vejam aí uma curta nota biográfica do nosso erudito, retirada do site "Cultura Popular":

Poeta, crítico literário, professor e jornalista, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Licenciou-se em Letras Clássicas e Vernáculas (UFPB); realizando ainda Especialização em Direito Penal, pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestrado e Doutorado em Literatura Brasileira, pela UFPB.
Professor de Legislação e Ética da UFPB nos cursos de Comunicação Social, Relações Públicas e Turismo, Hildeberto Barbosa Filho constantemente é convidado para participar em simpósios, congressos e seminários como palestrante e conferencista. Integra o quadro de sócios da API (Associação Paraibana de Imprensa) e da APL (Academia Paraibana de Letras), Academia Paraibana de Filosofia (APF) e Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano (IHGCPB).


Pois, este formidável intelectual publicou, na edição de 05/05/2016 do jornal Contraponto, na sua coluna 'Convivência Crítica', uma extensa análise do livro organizado por Catarina Rochamonte, "Natureza e Excelência da Liberdade e da Democracia". Reproduzimos a seguir os dois primeiros e os dois últimos parágrafos do texto de Hildeberto. Busquem a edição referida para ler o texto completo. O livro está à venda em O Sebo Cultural e na Livraria do Luiz.


 Liberdade e Democracia: quatro vozes, quatro olhares

Hildeberto Barbosa Filho


Não há democracia sem liberdade. Uma é o fundamento da outra, e, tanto no plano político quanto em âmbito filosófico, liberdade e democracia convergem no sentido da possibilidade de uma existência fraternal entre os homens. Entrelaçadas no núcleo da mesma dialética, ambas, nos limites históricos de suas respectivas práticas, podem estabelecer as fundações de uma ética humanística que transcende as necessidades materiais e procura exercitar os desafios da espiritualidade.

Quero crer que este é um dos fios condutores por intermédio do qual eu posso ler e pensar o construto das ideias desenvolvido por Catarina Rochamonte, Iremar Bronzeado, Washington Rocha e Manuel Alves da Rocha, em "Natureza e Excelência da Liberdade e da Democracia: artigos e ensaios sobre política e sociedade" (João Pessoa: Ideia, 2016).

[...]

É claro que ninguém é obrigado a concordar com os pontos de vista dos autores, sobremaneira face a questões políticas e filosóficas naturalmente discutíveis em suas ambivalências semânticas e em seus predicados ideológicos. Mas é preciso reconhecer, no entanto, a seriedade do esforço cognitivo de cada um, o domínio revelado no trato da matéria, a capacidade lógica de pensar e abstrair e, sobretudo, a formulação subterrânea de uma ética que convoca a fraternidade como elemento propulsor da vida política e social.

Há um movimento sutil a compor um ritmo todo especial na dança das ideias que se estratificam em cada texto, unindo-os na sua diferença. Acredito que seja a passagem de um fundamento humanista calcado numa razão libertadora, que nos veio de Kant, Rousseau, Voltaire, para a abertura espiritual de uma ética cristã sedimentada na fraternidade. Se não estou errado o livro de Catarina Rochamonte, Iremar Bronzeado, Washington Rocha e Manuel Alves da Rocha nos convida para esse fecundo debate. É ler e conferir!".