Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A BELEZA AZUL DO LIVRO DA LIBERDADE - artigo de José Ricardo de Holanda Cavalcanti

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O psiquiatra José Ricardo de Holanda Cavalcanti, que os amigos chamam de Zé Ricardo, é ativista político desde a juventude, nos "Anos de Chumbo", tendo travado as grandes lutas da Democracia. Destacou-se como líder sindical, tendo sido presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba e membro do Conselho Nacional de Medicina. Intelectual engajado - como se dizia antigamente -, Zé Ricardo é também um artista plástico de rara sensibilidade. Ele leu o nosso livro e nos enviou este comentário/artigo. Vejam que beleza:

A BELEZA AZUL DO LIVRO DA LIBERDADE

José Ricardo de Holanda Cavalcanti

O livro "Natureza e Excelência da Liberdade e da Democracia" impressionou-me por diversos modos. Sendo eu, nas horas vagas, artista plástico, fui desde logo conquistado pela beleza da capa, um trabalho de Magno Nicolau: uma coluna grega e a Estátua da Liberdade sobre fundo azul. Está aí definida a natureza do livro. Para a sua excelência, nos encaminha o vigoroso prefácio de Lucas Berlanza, que nos impõe "virar a página" e continuar a leitura. E nos deparamos com uma pérola, que é a "Pequena Ode à Liberdade", de Iremar Bronzeado. E não se pode mais parar a leitura; que, no entanto, não fiz de forma linear, mas alternando entre os ensaios e os artigos dos quatro autores. Ainda não concluí a leitura (o sacerdócio da medicina é exigente), mas já vou avançado. De Iremar, passei à, para mim comovente, entrevista de Catarina Rochamonte, feita por Lucas Berlanza. Comovente porque conheci Catarina ainda menina e porque também comungo daquela espiritualidade tão bem expressa pela jovem escritora. Os ensaios do meu amigo Washington Rocha, deixei para ler por último, e certamente os comentarei. Agora, quero me deter no perfil do Frei Caneca, traçado com maestria pelo Desembargador Manuel Alves da Rocha. Eis que, sendo eu admirador do herói e mártir da Confederação do Equador, tinha dele um conhecimento quase exclusivamente aurido em livros didáticos. No texto em tela, Frei Caneca revela-se numa dimensão bem maior do que comumente lhe é dada pelos professores de história em sala de aula. Seu pioneirismo no pensamento liberal brasileiro, sua flama libertária e ao mesmo tempo seu pendor constitucionalista. Destaque-se os comentários que o Desembargador Manuel faz à Constituição de 32 pontos de Frei Caneca, trazendo a força do liberalismo/libertarismo do revolucionário de 1817 para iluminar o momento nebuloso que o Brasil atravessa neste ano de 2016.

Gostaria de escrever mais; escrevo pouco porque tenho pouco tempo. E é preciso concluir a leitura. Vou me deitar na rede, ali na varanda, e virar mais uma página deste belo Livro Azul da Liberdade.

José Ricardo de Holanda Cavalcanti;

João Pessoa, 09 de maio de 2016.   

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