Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

"Zéfini!": o PT morreu e a hegemonia se fu#*u!

Por Washington Rocha


Bertolt Brecht foi um intelectual marxista dos mais influentes, poeta e teatrólogo renomado, e tão grande teatrólogo quanto feroz totalitário, intrépido defensor da tirania stalinista. Da sua lavra poética brotaram algumas apologias à prática de crimes "em nome da causa", como aquela "Perguntas a um homem bom", que um dirigente comunista brasileiro usou para ilustrar o modo conveniente de tratar os adversários conservadores. Vejam, pela última estrofe, como Brecht é tão didático:

"Agora escuta: sabemos
que és nosso inimigo. Por isso
vamos encostar-te ao paredão. Mas tendo em conta os teus méritos
e boas qualidades
vamos encostar-te a um bom paredão e matar-te
com uma boa bala de uma boa espingarda e enterrar-te
com uma boa pá na boa terra."

(Bertolt Brecht (1898-1956) – Dramaturgo e poeta alemão)


Pois é; no Brasil e no mundo Bertolt Brecht tem uma legião de entusiastas. Eu prefiro Bertoldo Brecha, personagem imortal de Mário Tupinambá, que, na Escolinha do Professor Raimundo, explicava didaticamente: "a inguinorança é que astravanca o pogresso".

No presente momento, a "inguinorança", estupidez, desmandos, fisiologismo, mistificações, mentiras e corrupção do PT é que estão "astravancando o pogresso do Brasi". Mas esse "astravancamento" está perto de ter fim, porque o PT morreu. Ainda está no poder, é verdade, mas como zumbi. O desgoverno do PT virou uma zorra total e a "presidenta" não manda mais nada. O "ex-presidente em exercício" (créditos para o Macaco Simão) tenta mandar, mas o MP, a PF e o STF dificultam as tratativas; sendo que um dos principais interlocutores do ex-presidente no esforço de governança era o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, ora na prisão. Tem muito humorista por aí dizendo que o PT cometeu "delcídio".

O senador, com efeito, "suicidou-se" e matou o PT. Quer dizer, o PT já estava morto quando Delcídio "suicidou-se", mas, nesses casos de política, sempre se pode morrer mais um pouco. Nessa linha de extermínio tem outra coisa, lateral, mas bastante curiosa: o senador petista também matou a numerologia. Vejam só: o senador Delcídio do Amaral, até pouco tempo, chamava-se Delcídio Amaral. Por orientação de uma numeróloga, resolveu acrescentar o "do" para ter mais sorte, melhorar ainda mais de vida. Vida de senador, todos sabem, é vida boa. O grande Darcy Ribeiro, que foi candidato a senador, dizia que o Senado é melhor do que o Céu, e explicava: "para ir para o Céu é preciso morrer, e para ir para o Senado não é preciso morrer". Pois, ainda que vivendo nesse Céu na Terra, Delcídio queria mais e ajeitou o nome. Deu no que deu. Não, a culpa não é da numerologia, ciência oculta e arcana das mais respeitadas. O problema é que o PT entrou em uma faixa do Zodíaco chamada de "Volume Morto"; aí, sai de baixo, não tem ciência mística que resista.

O PT morreu e carregou com ele para as profundezas do volume morto a hegemonia que, em documento oficial - Resolução Política do Diretório Nacional-PT/Brasília, 03/11/2014 -, havia declarado urgente: "É urgente construir a hegemonia na sociedade...". Essa hegemonia pretendida pelo PT é inspirada na doutrina do comunista italiano Antonio Gramsci, cujo ápice é o "Moderno Príncipe", assim conceituado por Gramsci no Caderno 13 de Cadernos do Cárcere:

“O moderno Príncipe, desenvolvendo-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais; na medida em que o seu desenvolvimento significa de fato que cada ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso; mas só na medida em que tem como ponto de referência o próprio moderno Príncipe e serve para acentuar o seu poder, ou contrastá-lo. O Príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma laicização completa de toda a vida e de todas as relações de costume”

Nessa alucinação de Gramsci, o "moderno Príncipe" é o Partido Comunista; no caso, o Partido Comunista Italiano. Para os petistas, claro, o "moderno Príncipe" é o PT. Dá para imaginar o PT substituindo a divindade e o imperativo categórico? Até o Príncipe das Trevas, Fancho-Bode Belzebu, haveria de tremer com tão tenebroso pensamento.

Pode ser que um dia - que Deus não permita! - os totalitários gramscianos consigam impor sua hegemonia, mas por aqui vai demorar. No Brasil, a urgência hegemônica petista foi pra putaquipariu. Hoje, a urgência do PT é tirar dirigentes seus da cadeia e evitar delações premiadas para que outros escapem de ir para a cadeia.

Urgente no Brasil, urgência urgentíssima para que o Brasil não se acabe junto com o defunto PT; urgente mesmo é o impeachment de Dilma. E ZÉFINI!

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domingo, 22 de novembro de 2015

Carlos Martel: "Liberdade, Democracia e Carlos Martel!"

Em batalhas, costuma-se gritar palavras de ânimo. Algumas transformam-se em divisas usadas durante toda a guerra; ou vão além, marcando a saga de um povo. Na Guerra de Reconquista, os guerreiros da cristandade, em luta contra a ocupação islâmica, gritaram: "Santiago y Cierra España!". Já muito antes, nas aflições de terrível batalha marítima, bradara o general romano Pompeu Magno: "Navigare necesse; vivere non est necesse". Os romanos venceram a batalha e o brado de Pompeu viria, séculos depois, a ser a divisa dos grandes navegantes portugueses (e também recolhida por Fernando Pessoa como divisa poética: "Navegar É Preciso, Viver Não É Preciso").

Na guerra que a Civilização Ocidental trava hoje contra o terror do fundamentalismo islâmico, creio que a melhor divisa será a que vai no título, e aqui repito:

"Liberdade, Democracia e Carlos Martel!"







Carlos Martel era um democrata? Não. Carlos Martel foi um dos fundadores da ordem feudal na Europa, dando as bases do que viria a ser o Sacro Império Romano Germânico, estabelecido pelo seu neto Carlos Magno. Mas sem Carlos Martel não haveria hoje a democracia, que vem a ser a maior realização política da Civilização Ocidental, porque sem Carlos Martel a Civilização Ocidental haveria sucumbido diante do poder islâmico.

Pelo ano de 732, embora sem o título de Rei, Carlos era o senhor dos reinos francos. As tropas do Islã, os sarracenos, haviam conquistado a Península Ibérica e avançavam sobre a Europa sem encontrar quem as detivesse. Até que, na Batalha de Poitiers (também chamada Batalha de Tours), encontraram Carlos com a sua cavalaria e o seu martelo de guerra.

Os "multiculturalistas politicamente corretos", se existissem naquela época, certamente não aprovariam os métodos medievais não muito respeitosos de Martel. Também achamos que todas as civilizações devem ser respeitada, já os "multiculturalistas" desrespeitam e esculhambam justamente a Civilização que os pariu e embala. Devemos, aliás, considerar que a Civilização Ocidental não é tão ocidental assim; nem nas origens nem na atualidade. Ela é, fundamentalmente, helênica, judaica e cristã. O helenismo veio do berço ocidental greco-romano; judaísmo e cristianismo vieram do Oriente Médio. Na atualidade, pode-se dizer que países do Oriente - como Israel, Japão e Coreia do Sul - prosperam porque, em larga medida, se "ocidentalizaram".

Deve-se respeitar todas as civilizações, mas quem não for "politicamente correto" e não tiver medo de ser patrulhado pode considerar que a Civilização Ocidental-Helênico-Judaico-Cristã se fundamenta nos melhores valores civilizatórios: Liberté, Égalité, Fraternité. A história contemporânea tem confirmado que esses valores só conseguiram se firmar nos regimes de democracia-liberal. Todas as civilizações, com suas diferentes culturas e religiões, podem avançar nessa direção; mesmo porque a democracia é o regime da diversidade e da tolerância. O sonho do futuro democrático foi, por exemplo, o que mais motivou o filósofo e político italiano Norberto Bobbio. O que ele afirmou nestas palavras candentes:  



“Ouso expressar o desejo de que a democracia seja o destino, permitam-me repetir esta palavra solene, não apenas da Europa, mas do mundo todo”
Norberto Bobbio
 

Bobbio considerou que a condição para a democracia mundial é a paz, nos molde propostos por Kant no opúsculo À Paz Perpétua. Com efeito, a democracia precisa contar com a paz; se não perpétua, pelo menos duradoura. Ocorre que, às vezes, a democracia precisa ir à guerra; como fez para derrotar o nazismo. Nesses momentos, segue-se, naturalmente, com o debate intelectual, análises e interpretações; porém, principalmente, é preciso agir. Durante o avanço do nazismo na Europa, os "politicamente corretos" de então não queriam melindrar Hitler, queriam compreender, dialogar e entrar em acordo. Winston Churchill, que não era "politicamente correto", entendeu que o momento era de agir e atingiu os conciliadores com uma frase fulminante: "Entre a guerra e a desonra, eles escolheram a desonra, e terão a guerra". Churchill era um democrata e enfrentou os nazistas com guerra. Churchill era também um Carlos Martel.  

Já existem nações islâmicas engajadas na luta contra o terror do Estado Islâmico; e é possível que outras adiram e formem uma aliança que as aproximem de caminhos democráticos. Mas é preciso que as lideranças do mundo democrático não tenham medo de afirmar os valores da sua Civilização e a história que construiu essa Civilização:

"Liberdade, Democracia e Carlos Martel!"



terça-feira, 17 de novembro de 2015

A Batalha de Oliveiros e Ferrabrás Contra o Terror

Após o ataque do terror islâmico ao Charlie Hebdo, em Paris em janeiro deste ano, a reação de grande parte da intelectualidade ocidental, divulgada profusamente por todas as mídias, foi tão espantosa e covarde quanto o próprio ato terrorista. Esses intelectuais "politicamente corretos" não reagiram contra o terror islâmico, que atacou; principalmente, reagiram contra a Civilização Ocidental, que foi atacada. No Brasil, vários intelectuais pronunciaram-se nessa linha, relativizando a ignomínia dos ataques do terror islâmico. Essa relativização é como uma legitimação do terror e o incentiva.

Diante do horror do novo ataque em Paris, neste mês de novembro, pensei que esses intelectuais, por viverem no Ocidente, tivessem, pelo menos, uma reação de autoproteção. Mas não, eles são tão estúpidos que continuaram a legitimar o terror; alegando respeito às civilizações, mas sempre desrespeitando a civilização onde vivem.

Certamente, existem intelectuais não covardes que reagem contra a covardia dos ataques terroristas e contra a covardia dos intelectuais que justificam o terror.

É preciso entender o seguinte. Guerra ao terrorismo islâmico não significa desrespeito à Civilização Islâmica. Guerra ao terror islâmico é o mínimo de respeito que a Civilização Ocidental deve a si mesma; e diz respeito à sobrevivência. A luta contra ao terror nazista não significou desrespeito à Civilização Alemã, parte constitutiva da Civilização Ocidental, que, assim como a Civilização Islâmica, é parte constitutiva da Civilização Mundial. Por isso mesmo, deve-se insistir com as nações islâmicas para que se engajem no combate ao terror islâmico.

E aqui chegamos a Oliveiros e Ferrabrás, cuja batalha foi cantada em versos pelo paraibano Leandro Gomes de Barros, o maior de todos os poetas, o "Homero brasileiro". Oliveiros cristão, Ferrabrás muçulmano; eram iguais em coragem e nobreza. Após a mais tremenda batalha singular dos tempos idos, Oliveiros, vitorioso, poupa a vida de Ferrabrás, em homenagem à sua bravura; em seguida, Ferrabrás se converte ao cristianismo e ajuda Oliveiros a vencer os inimigos, oferecendo-lhe as próprias armas.

Oliveiros e Ferrabrás representam o que de melhor, de mais nobre e valoroso, existia nas duas civilizações em combate. Hoje, o que há de melhor nas civilizações delas oriundas devem se unir para combater o mal do terrorismo. Hoje, certamente, pode-se dispensar a conversão de Ferrabrás, mas é preciso insistir em contar com as armas e a participação de Ferrabrás na luta contra o terror.

Se Ferrabrás não quiser ajudar Oliveiros, dolorosamente ferido em Paris, Oliveiros terá de combater sozinho. Não lhe faltará coragem.



 Vejam algumas cenas deste épico insuperável, com ilustração colhida em www.saraiva.com.br




Eram doze cavaleiros,
Homens muito valorosos,
Destemidos e animosos,
Entre todos os guerreiros,
Como bem fosse Oliveiros,
Um dos pares de fiança,
Que sua perseverança
Venceu todos infiéis -
Eram uns leões cruéis
Os Doze Pares de França

...

O Almirante Balão
Tinha um filho, Ferrabrás,
Que, entre os turcos, era mais
Quem tinha disposição.
Mesmo em nobreza e ação,
Era o maior que havia -
Então, em toda Turquia,
Onde se ouvia falar,
Tudo havia respeitar
Ferrabrás de Alexandria.

...

Quando Ferrabrás chegou
Nos campos de Mormionda,
Só um trovão quando estronda,
Troa como ele troou.
Em altas vozes gritou,
Apoiado em uma lança,
Como uma fera que avança,
Precipitada em furor.
Dizia: Ó Imperador!
Cadê teus Pares de França?

...

- Guarim, podes descansar!
Oliveiros respondeu;
Um soldado como eu
Não deixa o seu rei chorar!
O turco há de acreditar
Que mil feras não me comem -
Minhas façanhas se somem,
Mas, enquanto eu não morrer,
Ferrabrás há de dizer:
Em França encontrei um homem!

...

Disse-lhe o Imperador:
- Pode Oliveiros dizer -
Eu juro satisfazer
Seja que pedido for.
Disse-lhe Oliveiros: Senhor!
Não quero coisa demais,
E não serei tão capaz
Para tanto lhe pedir,
Porém o que quero é ir
Dar batalha a Ferrabrás.

...

Beijou a cruz da espada,
Prosseguiu numa oração!
Ó Virgem da Conceição!
Maria Pia e Sagrada,
Mãe de Deus, Imaculada,
Esposa casta e fiel!
Pelo vinagre e o fel
Que Cristo bebeu na cruz,
Rogai por mim a Jesus
Nesta batalha cruel.

...

Disse o turco - Hás de montar
Em meu cavalo e seguir!
Se meu exército me vir
Há de querer me tomar,
E cuide logo em se armar,
com a maior brevidade -
Tenho arma em quantidade
De qualidades mais belas,
Pode confiar-se nelas,
Que valem sete cidades.

...

E Oliveiros andando,
Por uma estrada que havia,
Viu que de um monte saía
A força que estava esperando.
O turco foi se apeando
E Oliveiros se armou,
Sob uma sombra o deixou,
Foi de encontro aos inimigos -
Um dos maiores perigos
Que Oliveiros encontrou.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A cartilha dos zumbis do volume morto: PT declara guerra à Justiça, à imprensa, à verdade e à democracia

O Brasil está arruinado; e o PT, partido que arruinou o Brasil, está desesperado. Um dos instrumentos usados pelo PT para arruinar o Brasil foi a corrupção; outro foi a mentira. Flagrado em crimes de corrupção, com vários dos seus mais destacados dirigentes presos e outros sob cerco da Justiça, o PT tem usado a mentira como principal linha de defesa. Agora, que, em repúdio à corrupção comandada pelo PT, milhões de brasileiros se ergueram e fizeram as maiores mobilizações da história da democracia; agora, que todas as pesquisas indicam rejeição de mais de 70% da população ao governo Dilma/PT; agora, que a casa podre da corrupção do PT está caindo; agora o PT, lá de dentro do volume morto em que está enterrado, envia um documento oficial da mentira aos seus zumbis, uma cartilha que orienta a mentir com maior segurança. Realmente, a situação do PT está tão ruim que até mentir ficou difícil; então, de fato, é preciso orientação e treinamento.

A cartilha mentirosa tem título pomposo: EM DEFESA DO PT, DA VERDADE E DA DEMOCRACIA.

Na verdade, é apenas em defesa do PT; com muita enrolação, conversa fiada e mentira. Porém, num tom de declaração de guerra. Desavergonhadamente ataca as instituições da Justiça e a imprensa livre. A cartilha é longa. Vou transcrever alguns trechos e comentar (quem quiser conferir o contexto, veja lá, em www.pt.org.br). Já na introdução, assinada por Rui Falcão, presidente nacional do PT, tem isto:

"Comandada pela mídia monopolizada, a campanha de cerco e aniquilamento conta com a colaboração solerte de políticos de vários partidos, de setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal".

Para o PT, mídia monopolizada é toda aquela que não elogia o PT e não puxa o saco de Lula. Pode ser que no Brasil tenha gente querendo o aniquilamento do PT, a grande maioria, na qual me incluo, pretende apenas o PT fora do poder. Aliás, muitos petistas pregam que o PT "volte às origens"; então, que volte a ser oposição. De fato, políticos de vários partidos - e muita gente sem partido político - têm feito campanha contra o PT, mas não é "colaboração solerte", é campanha aberta, como deve ser. O Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal cumprem com o dever. Quando isso atinge petistas, o PT acha um absurdo. O PT, como historicamente tem acontecido com partidos bolchevistas e fascistas, julga-se acima das leis e das instituições democráticas.

O Rui é um audacioso falcão petista e afirma também isto:

"Contra as versões facciosas de nossos inimigos e adversários, apresentamos fatos incontestáveis"

Na história da República brasileira nunca existiu nada mais faccioso do que o petismo.Na própria cartilha, sobejam exemplos. Vejam isto:

"Sobre este alicerce de falsas denúncias foi erguida a mitologia do mensalão".

O PT cresceu e chegou ao poder chamando adversários de ladrão e corrupto (inclusive alguns, bem famosos, que hoje são seus aliados). Mas o mensalão, que foi investigado à exaustão, com vários dos componentes da "sofisticada quadrilha" julgados e condenado no Supremo Tribunal Federal; o mensalão do PT é "mitologia". Outro fato "incontestável" indicado na cartilha é "a condenação sem provas do companheiro João Vaccari Neto".

Essa linha de defesa mentirosa do PT é já conhecida, e falida. E continua, tendo agora como alvo principal de ataques o juiz Sérgio Moro; como antes fizeram com o ministro Joaquim Barbosa.

Naturalmente, o chefe idolatrado do PT, o Lula, continua a ser alvo das maiores bajulações; sendo coisa típica de bolchevistas e fascistas bajular os chefes: Lênin, Stálin, Mussolini, Hitler, Mao, Castro, Chávez, Maduro, etc...  

A novidade da cartilha está apenas no tom de desespero e declaração de guerra. Com efeito, o PT ataca as instituições democráticas com audácia inusitada. Vejam:

"Na sanha obstinada de imputar crimes ao PT e aos petistas, estes elementos tecem uma conspiração de mentiras. Mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica da Nação em rede nacional de TV. Mentem sob a proteção da imunidade parlamentar, disseminando o ódio nas redes sociais. Mentem sob a proteção da autonomia funcional, forjando procedimentos investigatórios sem base alguma...".

E por aí vai, afrontando as Cortes de Justiça, o Parlamento, o Ministério Público e a Polícia Federal. Quanto a disseminar ódio, isto tem sido especialidade dos lulopetistas; nas redes sociais e em todo lugar.

O PT, que vem fazendo campanha pelo restabelecimento da censura, não haveria de perder uma ocasião para esculhambar com a imprensa. Vejam:

"Nesta que é provavelmente a pior fase de sua história, o jornalismo brasileiro não se importa com os fatos. Quer apenas atacar o PT e nossos líderes".

Muito interessante. Para o PT, a pior fase do jornalismo brasileiro não teria sido durante a ditadura do Estado Novo. Nem na época da ditadura militar. Isso explicará, em parte, a referida campanha do lulopetismo pelo restabelecimento da censura.

A cartilha do PT é estúpida e chatíssima, mas, às vezes, sem querer, faz humor. Como nesta passagem, onde ataca um operoso delegado da Polícia Federal. Vejam:

"Delegado da PF Márcio Anselmo: Declarou "Alguém segura esta anta, por favor" sobre uma notícia cujo título era: 'Lula compara PT a Jesus Cristo'.".

Lula, certamente, tem direito de comparar o PT com o que ou com quem quiser; mas logo com Jesus Cristo?! Pelo amor de Deus!