Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

"O PT é filhote da ditadura": comentário do historiador Inocêncio Nóbrega sobre o texto "A LIBERTAÇÃO DE LUCIANO CARTAXO"

Inocêncio Nóbrega, brilhante historiador, é um histórico militante trabalhista e nacionalista, identificado com Leonel Bizola, de quem foi grande amigo. Também jornalista, Inocêncio, enquanto investiga o passado, acompanha o presente. Assim, pronunciou-se sobre o texto "A LIBERTAÇÃO DE LUCIANO CARTAXO", que eu e José Ricardo de Holanda Cavalcanti escrevemos sobre a decisão do prefeito de João Pessoa de sair do PT. As considerações de Inocêncio foram enviadas ao meu endereço eletrônico; puxo para cá, mantendo o texto meu e de José Ricardo; que é para acender o debate. Vejam o e-mail de Inocêncio Nóbrega:


Guerreiro e amigo:
   muito bem posto e ponderado seu comentário,, acerca do "affaire" Luciano Cartaxo. PT como PSDB jamais foram, ou são, fieis às suas siglas, nem de trabalhador, nem social democrata. Aliás, poucos partidos escapam dessa infidelidade. Recorde-se Brizola, quando dizia: "O PT é filhote da ditadura". O PMDB,  igualmente se  desmoronou. FHC entregou nosso ferro à Vale do Rio Doce, como antes se fizera concessões à Ford e à Good Year,  nos tempos de nossa borracha. Não há direção a tomar, no caso Cartaxo, pois se libertou de um e certamente se tornará "cupincha" do outro, cujas tetas prometem ser mais leitosas,  Nunca admirei o PT, apenas na atual conjuntura não vejo, a curto prazo, uma saída decente para o Brasil. Ressalte-se, todavia, uma política externa mais compatível com os anseios da América Latina que de governos anteriores, o que é atribuído, unicamente,  à genialidade e patriotismo do então ministro Celso Amorim. Contrasta, contudo, com o neoliberalismo interno  desnecessário e pedrador.  O mudancismo tem natureza compulsiva,  está, sem dúvida, na ânsia de mais poderes. A regra vale, também, para quem fica. Enfim,  continuo sendo seu admirador, Inocêncio.".


Como se pode ver, Inocêncio Nóbrega está pessimista quanto às intenções políticas de Luciano Cartaxo. Nós, eu e José Ricardo, continuamos otimistas. Releiam aí o texto e vejam que indicamos o novo projeto de Cartaxo como promissor, não como uma certeza. Fizemos uma aposta. Eis que o futuro de qualquer projeto depende, em parte, do debate. É o papel que aqui cumprimos, e contamos com você.  

 

A LIBERTAÇÃO DE LUCIANO CARTAXO

Por Washington Rocha e José Ricardo de Holanda Cavalcanti

 

     O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que era o único prefeito petista do Brasil com alto índice de popularidade, ao sair do PT, libertou-se de um pesado jugo e abriu um espaço por onde pode avançar uma construção política popular, democrática e decente. Cartaxo se libertou do jugo da ditadura da corrupção do PT. Ou, como disse o jurista Miguel Reale Júnior, "ditadura da propina". Ou, ainda, "cleptocracia", como disse Gilmar Mendes, ministro do Supremo.
     Petistas estão chiando. É natural, é de direito. Na chiadeira, o que mais se ouve é o mantra de que Cartaxo passou para o campo da direita. Isso é uma besteira. Quem tem como referência de esquerda o governo Dilma/PT, não deveria atacar por esse lado: o partido ao qual o prefeito se filiou para viabilizar sua reeleição, o PSD, é partido da base do governo petista. Depois, entenda-se, o PT não é propriamente um partido de esquerda. Foi marcadamente de esquerda lá nas origens, especialmente por influência de quadros remanescentes de organizações bolchevistas que haviam lutado contra a ditadura militar. Na panela do poder, aquecida ao fogo voraz do dinheiro farto, o bolchevismo amoleceu, o arrivismo e o fisiologismo agigantaram-se e o PT tornou-se um partido do status quo capitalista, de feição populista delirantemente demagógica; coisa bem típica da direita mais atrasada, dos tempos de Adhemar de Barros, cujo lema oficioso era "Rouba, mas faz". O esquema político corrupto-pragmático do PT logrou atrair para sua panela os mais notórios corruptos da direita brasileira, mantendo, ao mesmo tempo, alianças à esquerda e um discurso à esquerda. Essa receita, eficaz por tanto tempo, desandou. Hoje, o PT não tem mais qualquer perspectiva histórica, é apenas um partido marcado e carimbado por mensalão, petrolão e corrupção. Não tem jeito, não. Do esquerdismo bolchevista restou um resto de discurso, umas palavras de ordem; até o gesto perderam: depois dos mensaleiros e de André Vargas, não dá mais para erguer o punho.
     No PT tem pessoas decentes, valorosas, com grandes ideais? Tem. Essas pessoas, o melhor que podem fazer é sair do PT. Essas pessoas não devem carregar a culpa dos crimes da cúpula do PT, dos dirigentes maiores, alguns já condenados. Essas pessoas, cegas de paixão pelo PT mitológico, precisam abrir os olhos e se libertar.
     Tendo se libertado, saindo fora do volume morto em que o PT está enterrado, Luciano Cartaxo retira sua candidatura à reeleição da sombra da corrupção e se coloca em melhores condições para enfrentar a previsível aliança do atraso lulopetista.
     O PSD, partido que Luciano Cartaxo escolheu, não é lá grande coisa. Mas, no Brasil de hoje, nenhum partido é lá grande coisa. A aliança política que se deve formar em torno da liderança de Cartaxo, as atitudes e decisões é que vão contar. Sobretudo as pessoas. São as pessoas que formam as políticas dos partidos. As que já inicialmente se vão juntando ao projeto de Luciano Cartaxo esboçam um quadro promissor. Não é ainda uma certeza, mas é uma boa aposta.


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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Hélio Bicudo/Miguel Reale Júnior: o impeachment para derrubar a "ditadura da propina"; e os golpistas lulopetistas - com um artigo precioso de Luciano Ayan

Faz algum tempo, o PT entrou na zona de desespero. Com seus chefes flagrados em "tenebrosas transações", com tesoureiro preso, com o nº 2 preso e o nº 1 sendo investigado, com o governo petista rejeitado por mais de 70% da população, afundando num mar sem fim de corrupção e desatinos presidenciais inimagináveis (quem iria imaginar, por exemplo, do governo de um partido dito "dos trabalhadores" um feroz ataque aos direitos trabalhistas realizado sob orientação de banqueiros?; quem iria imaginar a idolatria da mandioca, ou a possibilidade de dobrar uma meta aberta?); assim desesperado, enterrado abaixo do volume morto, o PT (e mais seus satélites, aliados, agregados, e apaniguados) tenta se salvar acusando de "golpistas" os que propõem o caminho democrático, legal, constitucional para afastamento da presidente: o impeachment.

Dos muitos pedidos de impeachment encaminhados à Câmara Federal, ressalta aquele de iniciativa do digno e emblemático militante das boas causas, o grande Hélio Bicudo; a quem, em muito boa hora, uniu-se o notável jurista Miguel Reale Júnior. É em torno deste documento que cresce a mobilização pelo caminho democrático da libertação nacional: libertar-se da corrupção institucionalizada, da mentira oficializada, da hegemonia totalitária-gramsciana com que o PT ameaça o Brasil.

Sobram motivos para o pedido de impeachment da presidente Dilma; vão desde os indícios de omissão em relação à corrupção na Petrobras às pedaladas fiscais e ao uso de dinheiro suspeito nas campanhas de eleição e reeleição. O julgamento será do Congresso Nacional, mas esta convicção já está formada na mente da grande maioria do povo brasileiro, que tem direito de ir às ruas expressar sua opinião, direito de fazer campanha pelo impeachment.

Como eu participei ativamente da campanha pelo impeachment do presidente Collor na minha cidade, João Pessoa, sei que o PT sabe que campanha por impeachment não é golpismo e que impeachment não é golpe. O PT esteve na vanguarda dessa memorável campanha e comemorou com euforia a queda de Collor. É, portanto, de uma sem-vergonhice sem tamanho virem, agora, os lulopetistas, dizer que a campanha pelo impeachment da presidente Dilma é golpismo. Esses desesperados lulopetistas acusam também de fascistas aqueles que vão às ruas contra a corrupção e pelo impeachment - ou por qualquer modo expressam sua inconformidade. Acusar de fascistas, golpistas e outros nomes feios aqueles que discordam, que dissentem, que divergem é uma atitude tipicamente...fascista. Esse patrulhamento fascista, comigo nunca colou; mas já inibiu muitos outros democratas. Hoje, não mais. Ninguém mais dá pelota para o patrulhamento fascista; a grande maioria quer mais é que os patrulheiros vão para o raio que os parta. Esses patrulheiros são, de ordinário, aduladores de ditaduras assassinas; desde a pranteada (por eles) ditadura assassina marxista-leninista (bolchevista) da Rússia Soviética até a ditadura assassina nazichavista do podre Nicolás Maduro na Venezuela.

No desespero, a petista Dilma seguiu a receita de acusar de "golpe" algo que a Constituição prevê nos artigos 85 e 86. Vejam a fala da presidente e em seguida leiam o que diz a Constituição:

"Qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. É golpe. Principalmente quando esse caminho é feito só de atalhos", declarou a presidente.

Eis o que reza a Constituição de 1988:


SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


     Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

      I - a existência da União;
      II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
      III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
      IV - a segurança interna do País;
      V - a probidade na administração;
      VI - a lei orçamentária;
      VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

      Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

     Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

      § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

      I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
      II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

      § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

      § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

      § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 


(http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html)

Pelo que se pode ver, a presidente esqueceu a forma democrática/constitucional de encurtar mandatos de presidentes irresponsáveis.


Eu não me dei ao trabalho de investigar, mas é possível que Dilma tenha participado da campanha para encurtar a rotatividade do presidente Collor. De todo modo, a presidente teve respostas fulminantes de Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Vejam, como reportado pelo site "O Povo online" (www.opovo.com.br):

Questionado sobre a fala da presidente Dilma na manhã de ontem, em que disse que usar a crise “como mecanismo para chegar ao poder é uma versão moderna do golpe”, Bicudo respondeu: “Esse negócio de falar que é golpismo, é golpismo de quem fala. Estamos agindo de acordo com o que a constituição diz”. O jurista Miguel Reale Jr. também rechaçou que haja qualquer tentativa de golpe, e comparou o governo petista à “ditadura da propina”. “Lutamos contra a ditadura do fuzil e agora lutamos contra a [ditadura] da propina”.

Da mesma forma que, na minha adolescência e juventude, elevei a voz diante de multidões para combater a ditadura militar; já neste ano de 1915, em 12 de março em Fortaleza e em 16 de agosto em João Pessoa, fiz o mesmo para combater o que chamei de "ditadura da corrupção do PT". Estou em muito boa companhia; com Hélio, Reale e a maioria do povo brasileiro. Golpistas são aqueles que usaram dinheiro de corrupção na tentativa de corromper as instituições democráticas e perpetuar-se no poder. Golpistas são os defensores de corruptos que dizem ser golpe o caminho prescrito na Constituição. Golpistas históricos são os aduladores de ditaduras assassinas.
ABAIXO A DITADURA DA PROPINA!

Mas não pensem que os petistas, em matéria de encurtar rotatividade democrática, se limitaram à campanha do "FORA COLLOR!". Também pediram o impeachment do presidente Itamar Franco e do presidente Fernando Henrique Cardoso. Tudo isso está sobejamente registrado. No site "Terça Livre" (tercalivre.com), por exemplo, tem a reprodução de uma matéria da "Folha de São Paulo" sobre o pedido de impeachment de Itamar, feito pelo então deputado e atual ministro da Defesa Jaques Wagner. No site "Crítica Política" (www.criticapolitica.org) tem um precioso artigo de Luciano Ayan sobre 4 pedidos de impeachment de FHC feitos por petistas. Tais registros, e muitos outros, provam que o PT é o partido mais golpista do mundo; especialmente no golpe da enrolação, mentira e mistificação.

Vejam a matéria da Folha de São Paulo de 30 de junho de 1994:
"PT pede impeachment de Itamar Franco
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado federal Jacques Wagner (PT-BA) protocolou ontem na Presidência da Câmara um pedido de abertura de processo de impeachment contra o presidente Itamar Franco.
Wagner usou como base para fazer o pedido o fato do ministro-chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves, ter submetido a MP do Plano Real à análise do comando da campanha de Fernando Henrique Cardoso.
A Folha revelou ontem que Hargreaves discutiu o texto da emenda com o comando da campanha de FHC, anteontem. Baseado nesse fato, Wagner também deu entrada em uma representação na Procuradoria da República e junto à Justiça Eleitoral contra o candidato do PSDB.
O ex-deputado Luiz Eduardo Greenghalgh criticou ontem, em nome da coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a atitude de Hargreaves.
Greenghalgh afirmou que Itamar Franco deveria demitir o ministro. Segundo ele, Hargreaves “subtraiu” um documento que deveria ser remetido ao Congresso.
O líder do PSDB na Câmara, Arthur da Távola (RJ), defendeu o ato do ministro. “Ali estão sentados os partidos que apóiam o governo, e é natural que o ministro discuta a MP com os partidos que vão dar sustentação a ela”, disse.
Wagner pediu o enquadramento do presidente Itamar Franco e de Hargreaves no mesmo crime, com base no artigo 9 item 7, da lei 1.079. Ambos por se “comportarem de modo incompatível com a dignidade e o decoro” dos cargos.
O candidato do PT ao governo de São Paulo, deputado José Dirceu, entregou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma acusação contra FHC e o governo Itamar.
Segundo Dirceu, Itamar e alguns de seus ministros têm usado verbas, cargos e pessoal do governo em favor da candidatura de FHC, o que é proibido pelo artigo 377 do Código Eleitoral".

Vejam o artigo de Luciano Ayan:

"PT pediu impeachment de FHC 4 vezes. E agora, Dilma? Como fica o papo de 'golpismo'?


Imagem: Reprodução Redes Sociais
Luciano Ayan

Basta alguém falar em impeachment que os petistas dirão, em uníssono, que esta pessoa é "golpista". Golpista é, pois, qualquer pessoa que mencione algo previsto na Constituição para punir um governo petista. Essa é exatamente a argumentação dessa gente. 


Mas agora a coisa se complica, pois o blog Governo e Mercado lembrou de um fato que muitos parecem ter se esquecido: o deputado petista Milton Temer apresentou 2 pedidos de impeachment contra FHC. E, pior, José Genoíno (petista e mensaleiro preso) também apresentou um desses pedidos. Orlando Fantazzini apresentou outro. Foram 4, no total, somente da bancada petista. Logo, petistas e seus aliados seriam golpistas, certo?


Milton Temer afirmara, em um de seus pedidos:

Se comparamos com Collor, somos obrigados a constatar que o primeiro Fernando não passava de um pivete trombadinha diante dessa intelectualidade tucana. E se a ele o povo destinou o impeachment, por que não pensar em algo semelhante para Fernando Henrique e seus cúmplices?

Em tempo: é bom rever um texto da Gazeta do Povo, falando do histórico de todos os pedidos de impeachment após Collor. Foram nada menos que 61 pedidos. Eles foram feitos por diversos partidos, incluindo o PT. A questão aqui não é se um partido pede impeachment ou não, mas a argumentação petista dizendo que "pedir impeachment é golpismo" sendo que eles próprios pediram o impeachment de FHC 4 vezes. 



Duvido que Dilma reconheça o golpismo em suas quatro tentativas contra FHC. Talvez seja exatamente por isso que governantes bolivarianos em estágio mais avançado se apeguem a coisa como unicórnios. Deve ser para dizer: "Não, golpismo só acontece quando é contra um presidente que chegou ao poder montado em unicórnios, como eu". Aí tudo se explica...

Nunca é demais relembrar o protagonismo (ou oportunismo) do PT no impeachment de Collor, documentado em vídeos, matérias jornalísticas e declarações políticas. Veja alguns exemplos: (vejam lá, no site Crítica Política)
É preciso de sangue frio para lidar com o cinismo desta tropa..."


Tem razão o Luciano Ayan: é preciso sangue frio, mesmo que os patrulheiros lulopetistas encham muito o saco.

Sangue frio, porém, vamos esquentar as ruas:

IMPEACHMENT DILMA! FORA LULA! FORA PT!  

  

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Debate sobre Desobediência Civil avança neste Blog, com Clemente Rosas, Sônia van Dijck e Gelza R. Carvalho; no Brasil avança o movimento "IMPEACHMENT DILMA"

A minha proposta de desobediência civil para derrubar o governo Dilma/PT não está sendo bem aceita, mas está sendo discutida e aumentando as visitas ao Blog. Como se viu no post anterior, um imbecil chamado "neoplatonismo", baba-ovo do lulopetismo, respondeu me chamando de golpista e idiota. Com esses, o jeito é ter paciência; ele, o idiota neoplatônico, não deu mais as caras; mas, se aparecer, eu publico (e respondo, claro). Todavia, pessoas educadas deram seguimento ao debate, discordando da minha proposta: Clemente Rosas respondeu ao artigo de Sônia van Dijck (também publicado no post anterior), e esta replicou (espero que tenha tréplica); Gelza R. Carvalho deu prosseguimento. Clemente e Sônia debateram via e-mail; Gelza escreveu (graças a Deus) na área de comentário do Blog. À luz desse debate, eu voltarei ao tema da desobediência civil. Por enquanto, quero apenas alimentar o teretetê e aumentar a audiência deste Blog ROCHA 100. Nesse sentido, não vamos estabelecer uma meta, mas dobraremos a meta toda vez que ela for atingida; assim, dobrando sucessivamente a meta, logo haveremos de chegar a 1 trilhão de visitas por dia, e dobraremos. Outro comentário, é que, independentemente de desobediência civil, o movimento "IMPEACHMENT DILMA" está avançando, juntamente com a repulsa ao desgoverno calamitoso Dilma/PT. No Congresso Nacional, instituição onde o impeachment será decidido, foi criado o Movimento Parlamentar Pró-Impeachment, com um site (www.proimpeachment.com.br) onde uma petição online pelo impeachment da presidente Dilma, sem meta definida, já tem muitos milhares de assinaturas. Vamos lá, vamos assinar, vamos dobrar a meta.  
Agora, fiquem com o teretetê da desobediência civil, começando pela resposta de Clemente Rosas a Sônia van Dijck: 

"Prezada Senhora,


Reconheço sua razão em todas as ponderações. MENOS EM UMA: o voto nulo. Esta é a píor das omissões, e não tem qualquer sentido de combate ou construção. Haverá sempre um candidato "menos ruim" em quem poderemos e deveremos votar. E assim iremos melhorando aos poucos. Votar nulo é a reação mais inconsequente que posso imaginar.  Vale menos que uma vaia num político corrupto.


Clemente Rosas"


"Caro Senhor, concordo inteiramente com sua opinião sobre VOTO NULO. Apenas quis citar um exemplo de possibilidade de "desobediência civil"; mas, vejo que não citei um bom exemplo. Grata por me mandar sua opinião. Cordialmente, Sônia van Dijck"
 

"Há muito tempo, não apenas agora com o PT, tem sido inúmeras as razões para uma Desobediência Civil por parte dos brasileiros, sejam vinculadas ao nível federal, estadual ou municipal. No entanto, dificilmente, isso ocorrerá. Concordo com a Professora Sônia van Dijck em alguns pontos, mas não com o "voto nulo". Como bem disse Clemente Rosas é uma péssima opção. A nossa força para mudanças, quando sentimos necessidade disto, é buscar votar bem... Infelizmente, está bem difícil saber em quem votar, tão profundo é o lamaçal envolvendo políticos e a política. Para Washington, uma sugestão: tem pessoas que não merecem receber assuntos para opinar, pois não conhecem a importância da existência de pensamentos diversos para se alcançar o equilíbrio das ideias. Gelza R. Carvalho"

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Reações ao artigo DESOBEDIÊNCIA CIVIL: uma interessante análise anti-romântica da Professora Sônia van Dijck e o desaforo de um idiota neoplatônico

O post anterior, propondo DESOBEDIÊNCIA CIVIL, está com número acelerado de visitas e repercutindo. Eu divulgo alguns posts na minha lista de endereços eletrônicos, foi o caso deste. Ao meu e-mail (rochealves@yahoo.com.br) chegaram 2 comentários, que poderiam ter sido feitos na área própria do Blog. De todo modo, reproduzo-os abaixo, tal e qual. Da Professora Sônia van Dijck, uma análise anti-romântica muito interessante, que enriquece o debate; e vejam que a Professora discorda fortemente da minha proposta.  A outra é apenas um desaforo de um idiota neoplatônico (no e-mail dele tem "neoplatonismo", coitado do velho Platão), com tons de ameaça típicos dos puxa-sacos lulopetistas mais afoitos e mais covardes; daqueles que bajulam ditaduras asquerosas.


Eis a interessante análise anti-romântica da Professora Sônia van Dijck:

"Desculpem-me pela total falta de romantismo para embarcar em tal proposta de “desobediência civil”.
Antes de continuar: 1) levo muito a sério a desobediência civil; 2) conheço os movimentos históricos de desobediência civil e sei de suas vitórias.
Mas, voltando a minha falta de romantismo.
Temos o PT, com sua proposta de permanência no poder. Não dá para levantar propostas românticas e espontaneístas tipo “desobediência civil” sem levar em conta o contexto histórico: Brasil 2015 sob domínio do PT.
Não há grandes semelhanças entre a cobrança de impostos pagos pelos colonos americanos pelo chá e o sistema de tributação brasileiro. Para não pagar imposto do sal, Gandhi levou os indianos a produzir seu próprio sal – como vamos, no século XXI, produzir nossos combustíveis (gasolina, disel) para fazer nossos veículos andarem? – não é possível optar por andar de carroça (aliás, nem temos burros e cavalos para transportar todos os brasileiros para a escola ou para o trabalho); como vamos produzir nossa energia elétrica para não pagarmos as altas tarifas públicas? – não dá para propor voltarmos ao candeeiro; como vamos produzir carne, feijão, arroz, leite, pão, para não pagarmos os altos impostos que incidem sobre esses produtos? – não é possível pensar em criar bois e vacas na entrada do condomínio – e que não se pense que o pequeno produtor rural pode produzir alimentos para sustentar cidades como São Paulo, Rio, Salvador, Recife, Fortaleza, João Pessoa, por exemplo; como comprar alimentos sem pagar impostos? E, principalmente, como não pagar IMPOSTO DE RENDA??? – para muitos, vem descontado na fonte.
No tempo dos colonos americanos e no tempo de Gandhi, os mecanismos sociais e as relações com o estado eram bem diversas do Brasil de hoje – 2015. Os mecanismos de cobrança de impostos eram bem diferentes.
Um exemplo: o imposto contido em uma ligação telefônica é estupendo. Dá para adotar a desobediência civil e não pagar tal imposto? – salvo se deixarmos de usar telefones fixos e telefones móveis (celulares) e voltarmos ao tempo de mandar recado ou missivas por um fâmulo (figura muito presente nos romances do século XIX), pois se mandarmos cartas pelo correio estaremos pagando altos impostos.
Mas, porém, todavia, contudo e como não quero me alongar nesta conversa que não leva a nada, falta, no Brasil de 2015, a liderança para desencadear a desobediência civil – nos termos propostos abaixo.
Para falar a verdade, no Brasil de hoje - 2015, há centenas (talvez milhares) de lideranças da desobediência civil: os líderes do MST, do MTST defendem a proposta da desobediência civil, na medida que não respeitam a propriedade privada garantida pela legislação; todos os que atravessam o sinal vermelho fazem desobediência civil – alguns matam ou invalidam algumas vítimas de sua desobediência ao estatuto legal em vigor; todos os que dirigem após ter ingerido álcool fazem desobediência civil e muitas vezes também fazem vítimas que sempre andaram de acordo com a obediência civil.
Vejamos um quadro realista Brasil 2015: para essa conversa toda, estou em um imóvel urbano (IPTU – TCR); uso energia elétrica (tarifa de energia); uso um computador (imposto sobre produtos eletrônicos – que o governo PT acaba de aumentar a alíquota); hoje – para chegar até esta hora – tomei café da manhã, almocei e jantei (impostos sobre todos os produtos consumidos para me alimentar); para poder pagar todos impostos (aqui superficialmente mencionados) preciso ter alguma renda (IMPOSTO DE RENDA) – sonegar imposto é crime (desobediência civil), com as consequências previstas na Lei. Qual é, então, a proposta de desobediência civil? – não pagar imposto sobre o pão? – plantar o trigo, produzir a farinha e fazer o pão? Não pagar imposto sobre combustíveis? – andar a pé, de carroça ou a cavalo?
Mais do que a inadequação da proposta foi a ingenuidade de seu romantismo fora de época que me fez lorotar todos esses argumentos para dizer que sou contra propostas espontaneístas, que não levam em conta o contexto histórico e buscam lições do passado de outros povos como se pudessem ser transplantadas, sem considerar o tempo histórico, o contexto político (não somos mais colônia desde 1822), o contexto econômico, a vida urbana do século XXI, entre outras variáveis.
Nunca me impressiono com citações de aparência erudita. Na verdade, pouco faço citações. Os autores citados formularam seus pensamentos, suas ideias, suas proposições políticas e ou filosóficas em contextos históricos, sociais, políticos e econômicos bem diferentes do Brasil PT 2015.
Não quero me alongar a ponto de ser mais inconveniente do que estou sendo. Talvez, a melhor proposta de desobediência civil fosse o voto NULO nas próximas eleições – porém não estou formulando tal proposta porque sei que falta LIDERANÇA para tanto – por aqui, não temos os “fundadores da pátria” que se rebelaram contra o imposto sobre o chá; não temos Gandhi com sua ideia de produzirmos nosso próprio sal e tecermos o pano com que nos cobrimos para sair à rua; também não há quem proponha sonegarmos Imposto de Renda e cometermos fraude contra a Receita Federal (isso é coisa dos mensaleiros e dos envolvidos no petrolão).
Pois é. Não dá para falar em desobediência civil usando computador/internet – se os impostos não forem pagos, não haverá conexão para divulgar a proposta. Sem pagar a tarifa da energia elétrica (desobediência civil) não dá para divulgar a tal “desobediência civil” (celulares e tablets também são recarregados na rede elétrica).
Volto a pedir desculpa – sei que fui inconveniente. É que não me calo diante de espontaneísmos e romantismos; fazer política com tais propostas é conceder a vitória ao adversário.
Permito-me cometer um plágio: o espontaneísmo é a doença infantil do revolucionário que não pensa, não analisa o contexto histórico.
NOTA: disse Lênin: “o esquerdismo é a doença infantil do comunismo” (1920). Ao cometer o plágio, inverti o sentido do dito de Lênin. Parece que o PT, com suas propostas de ajuste fiscal, continua fiel a Lênin, em 2015. O mesmo posso dizer da proposta de “desobediência civil” no Brasil 2015 – ainda que o autor da proposta discorde. Não se pode, contudo, negar que a “desobediência” de Trotsky só serviu para consolidar Stalin no poder.
Quero ver o PT fora do poder. Mas, isso precisa ser alcançado rigorosamente dentro da Constituição.
Levarei a sério as discordâncias de minha opinião.
Sônia van Dijck".


Agora, eis a asquerosa resposta do puxa-saco lulopetista idiota chamado "neoplatonismo".

"Lamentável golpista, já pedi uma vez e peço de novo que exclua meu email de suas mensagens asquerosas. Nunca lhe dei esse direito. Deixe-me de fora de sua burrice!! Vá estudar!
Fica avisado o idiota!".
 Com a participação de pessoas inteligentes e de cretinos afoitos, esse debate vai ficando bom. Certamente, respostas enviadas ao meu e-mail (rochealves@yahoo.com.br) serão bem vindas; mas se puderem ser feitas diretamente na área de comentário do Blog, será melhor.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Travessia para o impeachment: DESOBEDIÊNCIA CIVIL

O PT no poder está corrompendo, degradando, esculhambando, destruindo o Brasil. Essa destruição tem de ser barrada, mas isso deve ser feito pelos caminhos democráticos. Assim é o caminho constitucional do impeachment, mas é preciso chegar ao impeachment. Sem pressão popular, não se chegará. Os protestos de rua, as grandes manifestações, são imprescindíveis; mas talvez não sejam suficientes. É tempo de se pensar na DESOBEDIÊNCIA CIVIL. Este é o pacífico caminho da democracia. O caminho da violência é aquele dos bolchevistas, fascistas e nazistas.

É da natureza reformista da democracia o andar devagar. Mas a paciência democrática tem limite. Estando o povo brasileiro com o pacote de maldades da presidente Dilma atravessado na garganta, vem o ministro "Mãos de Tesoura", lá das profundezas do volume morto, ameaçar os brasileiros com um "imposto de travessia". Em seguida, no entrecho de um comportamento presidencial patético no 7 de Setembro, escondendo-se por trás de um "muro da vergonha" e sem coragem de aparecer na TV, a Dilma enviou uma mensagem pela internet anunciando uma "travessia" com "remédios amargos". Tendo afundado o país por meio de corrupção babilônica e fisiologismo desvairado, o PT age agora para que o povo pague a esbórnia. Não pagaremos. A nossa travessia é outra; é uma travessia rumo ao impeachment. O governo Dilma/PT - mentiroso, traidor, incompetente, irresponsável, desastroso - não tem mais legitimidade e deve ser desconstituído pelo Soberano, que é o Povo.

A desobediência civil tem história na luta democrática. Em meados do séc. XX, o Mahatma Gandhi usou-a com sucesso na luta de independência da Índia. Um dos pontos do programa de RESISTÊNCIA PACÍFICA levados a efeito pelo povo indiano contra a opressão colonial foi, justamente, o não pagamento de imposto aos ingleses.

Nos Estados Unidos, pelos anos 60, para derrocar infames leis racistas, Martin Luther King liderou uma ampla luta pelos direitos civis por meio de resistência pacífica e desobediência civil.

Antes, também nos Estados Unidos, em meados do séc. XIX, Henry David Thoreau usou a desobediência civil para lutar contra o vigente sistema de escravidão. E escreveu o livro "Desobediência Civil", cujas lições têm servido, desde então e até hoje, aos lutadores da democracia. Esta lição, por exemplo, vejam como se adequa ao Brasil de hoje:     

           "Todos os homens reconhecem o direito de revolução, isto é, o direito de recusar lealdade ao
governo, e opor-lhe resistência, quando sua tirania ou sua ineficiência tornam-se insuportáveis".

Ou esta:

"A autoridade do governo, mesmo aquela a que estou disposto a me submeter - pois obedecerei com prazer àqueles que saibam e possam fazer melhor do que eu, e, em muitas coisas, mesmo àqueles que não saibam nem possam fazer tão bem -, é ainda uma autoridade impura: para ser rigorosamente justa, ela deve ter a sanção e o consentimento dos governados. Não pode ter nenhum direito puro sobre minha pessoa e meu patrimônio, apenas aquele que concedo".
(A desobediência civil. THOREAU, Henry David. Tradução: Sérgio Karam. Porto Alegre: L&PM, 1997). (www.ufrgs.br).

Também adequada ao momento brasileiro é esta frase de Martin Luther King:

"O que mais preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons". 
(http://www.suapesquisa.com/biografias/luther_king.htm).


Não deixaremos a tirania/hegemonia petista-gramsciana sufocar a democracia e submeter o Brasil. E não nos calamos diante dos grito dos corruptos. Pelo, contrário, gritamos cada vez mais forte:

Fora Dilma! Fora Lula! Fora PT!