Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Breve nota sobre a nota do PT em apoio ao fascismo na Venezuela - e mais o artigo de Catarina Rochamonte: "Nota de solidariedade ao povo venezuelano"

Não bastasse a lama de corrupção em que se vem afundando, o PT mergulha cada vez mais fundo na lama fascista com seu apoio descarado ao governo podre de Nicolás Maduro. O apoio do PT ao chavismo é antigo; porém, diante da presente escalada fascista na Venezuela, com o sequestro do prefeito Antonio Ledezma e o assassinato do menino Kluiver Roa, a nota do PT, assinada por Rui Falcão e Mônica Valente, de solidariedade ao governo venezuelano foi um tanto demais. Vejam neste parágrafo:

"O Partido dos Trabalhadores tem acompanhado com atenção a situação política venezuelana e expressa sua preocupação sobre fatos recentes que atentam contra a vontade popular. Diante dos fatos noticiados, reafirma seu repúdio a quaisquer planos de golpe contra o governo legitimamente eleito de Nicolás Maduro". (íntegra em operamundi.uol.com.br)



Não tenho dúvida que na Alemanha nazista o PT apoiaria o governo legitimamente eleito de Adolf Hitler.

Como reagir diante de tamanha afronta à democracia, aos direitos humanos, à dignidade humana?

Bem, aqui nós resolvemos reagir apenas reproduzindo o artigo de Catarina Rochamonte publicado no Instituto Liberal (www.institutoliberal.org.br) e em seguida no Blog Rodrigo Constantino (veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/), em que a jovem filósofa se solidariza com o povo da Venezuela e repudia o governo fascista que sequestra, tortura e assassina.


26/02/2015
 às 18:38 \ ComunismoDemocracia

Nota de solidariedade ao povo venezuelano

Por Catarina Rochamonte, publicado noInstituto Liberal
Começo a escrever esse artigo sem decidir o seu tom. Não sei se devo usar frios argumentos ou apelar para a emoção porque, de fato, escrevo efetivamente inflamada de indignação com o que está acontecendo na Venezuela e com a cumplicidade do governo brasileiro e do povo brasileiro – não apenas os que apoiam o atual governo (pois há críticos do governo Dilma que são alinhados com a ala mais radical do PT), mas todos que ainda defendem essa maldita ideologia que justifica a ditadura na qual vive o país vizinho.
Fui dormir depois de ter visto pelo twitter o assassinato do estudante de 14 anos e tive pesadelos com a imagem da sua cabeça esfacelada. Com ele, são seis o número de estudantes assassinados com um tiro na cabeça na Venezuela em menos de dez dias. Diante do meu alarme, o meu marido me disse: “e daí, morreu ontem um aqui em Messejana (bairro da periferia de Fortaleza) e também me mandaram o vídeo. O mundo é uma porcaria.” A contra-argumentação me lembrou outra que ouvi por ocasião da minha indignação em relação aos atentados terroristas contra os cartunistas do Charlie Hebdo: “E daí? Quantas pessoas são assassinadas no Oriente Médio?”. Qual o problema dessas contra-argumentações? Elas são uma crítica velada à nossa sensibilidade natural, a capacidade humana de se indignar e de sofrer diante de uma injustiça, além de oferecer, por outro lado, um perigo de banalização do mal.
Há alguns anos, quando ainda era uma jovem estudante de graduação em Filosofia, escrevi um ensaio que abordava um episódio narrado por Camus no livro O homem revoltado. No capítulo intitulado Os assassinos delicados, o jovem terrorista, revolucionário e poeta Kaliaiev – determinado em nome da causa da revolução a atirar-se sob os cascos dos cavalos do ministro que deveria assassinar – recusa-se a matar as crianças que se encontravam na carruagem do grão-duque. Que sentimento momentâneo e imperioso foi esse capaz de impedir o desfecho ideal do ideal de uma vida? Que sentimento foi esse capaz de se sobrepor ao espírito de rebeldia e revolta? Foi o espírito de compaixão. Foi o que não teve ontem o agente da Guarda Nacional Bolivariana (KGB) que atirou na cabeça do garoto Kluiver Rua, ontem no estado de Táchira, na Venezuela. Compaixão é um sentimento do qual o atual ditador Maduro está desprovido e senso moral ou bom senso é o que está faltando aos estadistas que ainda não se manifestaram contra as loucuras desse delinquente embriagado pelo poder.
O mal não se justifica. E, nesse momento, enquanto digito, vou mudando o rumo do texto que escrevi a punho. Nas próximas linhas eu mostraria de que forma a Venezuela chegou a esse ponto, de que modo o ideal da revolução bolivariana serviu de pretexto para a destruição das instituições da democracia liberal garantida pela constituição venezuelana, cedendo lugar ao poder arbitrário de homens malucos a partir de um discurso populista hipócrita que apregoava um aprofundamento da democracia, como se a democracia não fosse essencialmente um equilíbrio incompatível com uma radicalização: um equilíbrio garantido pela divisão de poderes e pela autoridade da constituição. Tentaria em seguida mostrar como, no Brasil, o processo é semelhante e quão patética, quando não perigosa, é a encenação do espetáculo protagonizado ontem por Lula e que se chamou “ato em defesa da Petrobras”, cujo objetivo era desmoralizar a Polícia Federal, um dos poucos órgãos que atua com independência e que ainda não foi engolido pelo PT. Faria ainda notar que, caso o PT consiga o seu intento de sabotar a operação Lava Jato, dias tenebrosos virão.
No entanto, não me vem ânimo para escrever tudo isso. Meu estado de espírito é outro. Gostaria apenas de me solidarizar com as mães dos estudantes assassinados, com os estudantes que hoje vão às ruas novamente arriscar suas vidas, com as esposas e filhos dos oposicionistas sequestrados e com os guerreiros e guerreiras que, a exemplo da deputada Maria Corina Machado, vão continuar lutando. Exponho também meu total desprezo ao governo brasileiro, alertando que qualquer postura que ele venha a ter em relação a esse problema será uma concessão política à pressão da oposição porque a ideologia que cega os ativistas do PT e da qual se servem os seus dirigentes é a ideologia da justificação do mal. O mal que mais uma vez está diante de nossos olhos e cuja análise e crítica os intelectuais de esquerda deixarão para os historiadores do futuro enquanto continuarão se ocupando da nossa ditadura que passou.
Fonte: veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/







terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A podridão fascista na Venezuela, a pusilanimidade do governo Dilma, o "Pai Nosso" chavista e a degradação da esquerda majoritária brasileira

Comandado na Venezuela pelo podre Nicolás Maduro, o fascismo atropela a democracia e massacra direitos humanos: persegue, prende, espanca, tortura e assassina opositores.

E como, no Brasil, se reage ao avanço fascista do podre Maduro e seus esbirros podres? Em nota pusilânime, a presidente Dilma diz que não tem nada a ver, que não se mete em questões internas de outros países. E a esquerda majoritária brasileira, que é aquela comandada pelo PT e também atende pelo nome de lulopetismo; esta esquerda, cúmplice do chavismo desde o início, continua cúmplice, mesmo depois das mais escancaradas violações dos princípios democráticos e dos direitos humanos.

Existe uma esquerda democrática? Existe,  mas no Brasil é tão minoritária que quase não se vê. O que se vê é essa esquerda lulopetista amante de ditaduras e fanática por dinheiro.

Nicolás Maduro, o presidente podre da Venezuela, é um fascista cretino sem disfarce; aliás, para deslumbrar seus seguidores, o podre Maduro assume atitudes as mais bizarras do cretinismo fascista: dorme na tumba de Hugo Chaves (qual um servo de Drácula) e fala com o com seu defunto ídolo, que lhe aparece em forma de "pajarito".

Em matéria de cretinismo, o fascismo chavista é deveras criativo: os adoradores de Hugo Chávez já rezam por um novo "Pai Nosso". Vejam:


"Chávez nosso que estás no céu, na terra, no mar e em nós, os delegados. Santificado seja teu nome. Venha a nós teu legado para levá-lo aos povos daqui e de lá. Dai-nos hoje tua luz para que nos guie a cada dia e não nos deixes cair na tentação do capitalismo, mas livrai-nos da maldade da oligarquia, do crime do contrabando. Porque nossa é a pátria, pelos séculos e séculos. Amém. Viva Chávez".

Como se sabe, o uso do termo "esquerda" para designar posicionamento político tem origem na Revolução Francesa, e esse termo guarda em si uma ideia de progresso. Com efeito, a esquerda democrática seguiu o caminho do progresso. A esquerda autoritária (bolchevismo) afundou no atraso; e seus remanescentes estão levando a uma degradação que, à imensa violência e crueldade originárias, une um ridículo desconcertante para alguns velhos e circunspectos bolcheviques (páreo duro para o socialista Maduro é o comunista Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte).

Na companhia da esquerda chavista, a esquerda majoritária brasileira/lulopetista, degrada-se: irão juntas para o lixo da história.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

"Comunismo é Tirania" - artigo de Catarina Rochamonte publicado no Instituto Liberal é republicado no Blog do Rodrigo Constantino e daí para vários outros blogs, inclusive este Blog ROCHA 100

Artigo de Catarina Rochamonte publicado no Instituto Liberal está, como se diz, bombando na net. Em várias páginas das redes sociais, em sites e blogs diversos o texto intitulado "Comunismo é Tirania", está sendo acolhido. Certamente, o Blog ROCHA 100 não poderia deixar de também o acolher. Eis aí, recolhido do Blog do Rogério Neiva (blogdorogerioneiva.com). Quem não leu, leia; quem já leu, leia de novo.



Mundo2 de fevereiro de 2015

Comunismo é Tirania

Por Catarina Rochamonte
É preciso empreender uma batalha constante contra todos os tipos de tirania. O que significa isso? Significa qualquer postura que tente intermediar a relação do homem com a sua própria psiquê, com o seu íntimo e com a sua fé. O homem que, covardemente, outorga autoridade suprema a qualquer instância orientadora está desertando de um caminho certamente longo, porém mais lúcido que é o caminho da responsabilidade individual diante da valoração de uma causa qualquer.
Ora, atentemos um instante para a promessa aleatória de execução de uma sociedade ideal e perfeita. Quem promete algo parecido com isso está apenas convergindo lutas pessoais e letras imemoriais em um projeto plenamente realizável. O que queremos dizer com isso é que a consecução de uma obra de natureza duradoura depende de séculos de trabalho de uma infinidade de segmentos sociais e de uma renovação de ideias tão profunda que é impossível limitá-la a um dado projeto. A caminhada em direção a algo nobre é efetivamente mais sólida que a suposta conquista que mais tarde com certeza sucumbirá ante a fragilidade de seus fundamentos.
O socialismo foi essa trajetória curva na História contemporânea que atrasou o desenvolvimento técnico e o desenvolvimento material, sem falar na outra face mais obscura, qual seja, a soma dos horrores cometidos em nome de um suposto bem. A justificação moral do mal em nome do bem é mais prejudicial ao homem que a execução do mal sem justificativa alguma. Comunismo e nazismo se assemelharam, portanto, quanto aos limites impostos à liberdade, distinguindo-se apenas pela natureza de suas justificações.
Ora, o nazismo se concretizou como forma eficaz de totalitarismo disseminando algo que qualquer pessoa minimamente bem-intencionada sabe tratar-se de uma coisa insustentável, a saber, a ideia de uma raça superior, possuidora de característica distintas que a fariam triunfar. O absurdo da proposta faz com que, passada a catarse tétrica momentânea, os indivíduos ponderem e sigam novamente a rota saudável das relações sociais. Por que então o nazismo ainda encontra defensores? Porque ainda existem indivíduos objetivamente maus que perseguem ideias que lhes correspondam à índole.
Com o comunismo dá-se algo parecido no que compete ao fascínio ideológico e ao embrutecimento intelectual, não obstante o problema se agrave justamente pela manipulação das saudáveis inclinações e dos mais honestos fins que são efetivamente alvos não das pessoas de má índole, mas das pessoas sãs. O comunismo promete a extinção da desigualdade social e estabelece métodos para alcançá-la.
Vejamos, primeiramente o indivíduo parte para uma batalha natural entre a sua própria consciência e a consciência partidária que o obriga a uma suposta moral que de moral efetivamente não tem nada. Depois, a capacidade de persuasão da ideia faz com que o indivíduo se perca em sua própria moralidade, subordinada, doravante, ao fim último a ser perseguido. Nesse intervalo entre o indivíduo desobrigado de prestar contas à própria consciência e o indivíduo devotado a uma causa maior insere-se um sem número de projetos vãos que derrotam a moral dita burguesa fazendo do indivíduo nada mais que um cego lutador, capaz de atos bandidos desprovidos de compaixão, mas justificados pela honradez perante uma causa que o ultrapassa. Eis o fim da sobriedade, da lucidez, da honestidade de conduta e da moral firme de um indivíduo livre.
Catarina Rochamonte é graduada em Filosofia pela UECE (Universidade Estadual do Ceará), mestre em Filosofia pela UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), doutoranda em Filosofia pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos); é escritora e jornalista independente.