Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

sábado, 30 de junho de 2012

Sábado Quente: a escolha corajosa de Cícero; a soma zero da escolha de Zé Maranhão; a ira preconceituosa de Ricardo Coutinho

Valeu a pena ter acompanhado o sábado de convenções em Jampa. Teve de tudo: o deputado Marcondes Gadelha, presidente do PSC-PB, num surto autoritário, declarou e decidiu, monocraticamente, o apoio do partido à candidatura do PT. Os convencionais do PSC reagiram, vaiaram, rejeitaram a imposição e deliberaram apoio à candidatura do PSDB. O candidato Cícero teve, então, a coragem de compor a chapa com os bravos convencionais, tendo Ítalo Kumamoto como vice. A decisão foi boa, pelo digno nome de Ítalo; e corajosa, porque arriscada. O risco está na ameaça de Marcondes de anular a convenção. A ver como termina o imbróglio, se prevalecer a decisão dos convencionais do PSC-JP, Cícero terá lavrado um tento.
Quem tinha excelente escolha nas mãos e jogou fora, foi Zé Maranhão, candidato do PMDB. Entre duas boas opções para ampliar o arco de alianças - Caio Roberto, do PR, e Tavinho Santos, do PTB -, Zé tinha escolhido a melhor, o veterano vereador do PTB. Tavinho Santos é um quadro político tão bom e tão identificado com a cidade que era o vice dos sonhos de quase todos os candidatos. Até o entardecer da sexta-feira, estava decidido, seria Tavinho o vice de Zé. Porém..., ai porém, na calada da noite, por obra de pesadelo ou emprenhando pelos ouvidos, Zé decidiu pela pior solução possível: formar uma chapa "puro-sangue": PMDB + PMDB noves fora, nada.
Contudo, nada foi pior do que a ira preconceituosa do governador Ricardo Coutinho na convenção do PSB. Além da arrogância personalista costumeira, o rei-na-barriga Ricardo quis desmerecer Zé Maranhão pela idade, chamando-o de "Matusalém". 
Esse preconceito contra políticos idosos já foi tão desmoralizado pela história que é até enfadonho recordar, mas vejam lá alguns políticos que, em sendo grandes, foram (ou são) ainda maiores na alta idade: o Imperador César Otaviano Augusto, Benjamin Disraeli, William Gladstone, Winston Churchill, Konrad Adenauer, David Ben-Gurion, Golda Meir, Nelson Mandela, Luíza Erundina... 
Aliás, isto de fazer política levantando preconceitos contra os adversários, quaisquer preconceitos, tem se mostrado um péssimo caminho.
O governador Ricardo Coutinho está numa situação política ruim, renegado por antigos aliados, afundado na rejeição. Não será a ira preconceituosa que o salvará; senão que o poderá afundar ainda mais.

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