Blog Rocha 100

No princípio, criou Deus os céus e a Terra”. Ótima frase para um Blog que navegará 100 fronteiras: dos céus metafísicos à “rude matéria” terrestre. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pois, somos também deuses, e criadores. Podemos, principalmente, criar a nossa própria vida, com autonomia: isto se chama Liberdade. Vida e Liberdade são de Deus. Mas, quem é “Deus”? Devotos hebreus muito antigos, referiam-se a Ele apenas por perífrases de perífrases. Para Anselmo de Bec, Ele é “O Ser do qual não se pode pensar nada maior”. Rudolf Otto, diante da dificuldade de conceituá-Lo, o fez precisamente por essa dificuldade; chamou-O “das Ganz Andere” (o Totalmente Outro). Há um sem número de conceitos de Deus. Porém, o que mais soube ao meu coração foi este: “O bem que sentimos intimamente, que intuímos e que nos faz sofrer toda vez que nos afastamos dele”. É de uma jovem filósofa: Catarina Rochamonte.

sábado, 30 de junho de 2012

Bira: "Não optem pela covardia"

Ao post anterior, sobre episódios do "sábado quente", acrescento esta curta nota:
O PSB-JP vetou a candidatura do vereador Bira, consta nos portais que por exigência do dono do partido na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho. O vereador vai recorrer à Justiça, e deve ganhar.
Bira, que nenhum crime cometeu, clamou: "Não optem pela covardia".
Já optaram.

Sábado Quente: a escolha corajosa de Cícero; a soma zero da escolha de Zé Maranhão; a ira preconceituosa de Ricardo Coutinho

Valeu a pena ter acompanhado o sábado de convenções em Jampa. Teve de tudo: o deputado Marcondes Gadelha, presidente do PSC-PB, num surto autoritário, declarou e decidiu, monocraticamente, o apoio do partido à candidatura do PT. Os convencionais do PSC reagiram, vaiaram, rejeitaram a imposição e deliberaram apoio à candidatura do PSDB. O candidato Cícero teve, então, a coragem de compor a chapa com os bravos convencionais, tendo Ítalo Kumamoto como vice. A decisão foi boa, pelo digno nome de Ítalo; e corajosa, porque arriscada. O risco está na ameaça de Marcondes de anular a convenção. A ver como termina o imbróglio, se prevalecer a decisão dos convencionais do PSC-JP, Cícero terá lavrado um tento.
Quem tinha excelente escolha nas mãos e jogou fora, foi Zé Maranhão, candidato do PMDB. Entre duas boas opções para ampliar o arco de alianças - Caio Roberto, do PR, e Tavinho Santos, do PTB -, Zé tinha escolhido a melhor, o veterano vereador do PTB. Tavinho Santos é um quadro político tão bom e tão identificado com a cidade que era o vice dos sonhos de quase todos os candidatos. Até o entardecer da sexta-feira, estava decidido, seria Tavinho o vice de Zé. Porém..., ai porém, na calada da noite, por obra de pesadelo ou emprenhando pelos ouvidos, Zé decidiu pela pior solução possível: formar uma chapa "puro-sangue": PMDB + PMDB noves fora, nada.
Contudo, nada foi pior do que a ira preconceituosa do governador Ricardo Coutinho na convenção do PSB. Além da arrogância personalista costumeira, o rei-na-barriga Ricardo quis desmerecer Zé Maranhão pela idade, chamando-o de "Matusalém". 
Esse preconceito contra políticos idosos já foi tão desmoralizado pela história que é até enfadonho recordar, mas vejam lá alguns políticos que, em sendo grandes, foram (ou são) ainda maiores na alta idade: o Imperador César Otaviano Augusto, Benjamin Disraeli, William Gladstone, Winston Churchill, Konrad Adenauer, David Ben-Gurion, Golda Meir, Nelson Mandela, Luíza Erundina... 
Aliás, isto de fazer política levantando preconceitos contra os adversários, quaisquer preconceitos, tem se mostrado um péssimo caminho.
O governador Ricardo Coutinho está numa situação política ruim, renegado por antigos aliados, afundado na rejeição. Não será a ira preconceituosa que o salvará; senão que o poderá afundar ainda mais.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Quem não é chavista não é venezuelano"

Geralmente impostas por minorias, através de golpes de força, ditaduras podem também ser regimes apoiados em maiorias e respaldados em eleições. Prova disso foram a ditadura fascista de Mussolini, na Itália, e a ditadura nazista de Hitler, na Alemanha. Os ditadores assim construídos são, de ordinário, ególatras, personalistas desvairados que identificam a nação consigo mesmo. São também demagogos hábeis, ou não empolgariam o poder. Prometem às massas em que se apoiam mais do que a realidade permite, e terminam por levá-las ao abismo; se estas não acordam a tempo.
Hugo Chávez está, lá na Venezuela, construindo uma ditadura nestes moldes. Domingo passado, discursando em uma solenidade militar, declarou: "Quem não é chavista não é venezuelano". Esta frase escancara o fascismo chavista. Todavia, Chávez não é um ditador fascista completo e por inteiro, tem encontrado dificuldades em concluir-se como tal. Creio que não conseguirá, mesmo porque na Venezuela foi constituída uma frente de resistência democrática bastante vigorosa, representada na candidatura presidencial de Henrique Capriles Radonski. E nem mesmo escrevo com o intuito de alertar alguém na Venezuela, mas de abrir os olhos de alguns democratas brasileiros ingênuos, que vão na conversa de alguns outros nada ingênuos aduladores do fascista bolivariano; aduladores estes que saudaram Chávez até com desfile de escola samba.
Lembram o "Brasil, ame-o ou deixe-o", lema da ditadura militar brasileira? A frase de Chávez é pior.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Se botar o reinado de Ricardo na vitrine, ele nem vai valer 1,99

Posso dizer que o título deste post é inspirado, pertinente e engraçadíssimo porque não é meu. Pesquei em dois comentários no Blog de Helder Moura, dos comentaristas Charles Lianza e Vando Rocha. E, claro, todos nós ficamos devendo à esplêndida Gaby Amarantos.
Vejam mesmo: o prefeito Agra, que era love de Ricardo Coutinho, rompeu; Nonato Bandeira, outro love, já tinha rompido; Roseana Meira, que foi love, hoje é fel; Urquiza, que foi love, hoje é urtiga; Rossana Honorato também foi love, não quer mais nem ver... Vão aí contando quantos girassóis de ontem têm, hoje, o rei-girassol Ricardo na conta de "ex mai love"; e o tratam como "pirata", ""cascata" e "pedaço de lata".
O reinado girassol está caindo aos pedaços. Com efeito, se colocar na vitrine, pra todo mundo olhar direitinho, ele nem vai valer 1,99.  

Luciano + Luciano e um reinado caindo de podre

O WSCOM dá notícia de que o apoio do prefeito Luciano Agra (ex PSB) a Luciano Cartaxo (PT) está vindo a galope, e já trazendo o vice de Cartaxo na garupa. Este vice é Nonato Bandeira (PPS). E não é só notícia que o WSCOM traz, mas também uma análise do próprio WS (Walter Santos). Tenho pouco a acrescentar à excelência analítica de Walter. Vão aí estas poucas linhas.
A soma dos dois Lucianos é soma graúda, podendo levar o Cartaxo para o segundo turno. Falei disso no post anterior, como também falei que a candidatura de Nonato Bandeira (PPS) a prefeito não tinha futuro. Porém, Nonato Bandeira pode ser, nas circunstâncias, o melhor vice para o candidato do PT.
A candidatura de Bandeira, dizia eu no post anterior, era frágil por não convencer nem como candidatura de oposição nem de situação. Agora, compondo com Cartaxo, Nonato vem, de fato e com efeito, para a oposição. E o primeiro efeito é escancarar a fragilidade do reinado girassol, que, de fato e com defeito, está caindo de podre. O defeito primeiro e maior do reinado girassol é o autoritarismo; autoritarismo este que se vai estiolando com as seguidas rebeliões e defecções.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Luciano Agra: se quiser crescer como líder, tem de correr riscos

O cargo de prefeito da capital de um estado é, por si, suficiente para elevar seu titular à condição de líder político com destaque no cenário estadual. Todavia, Luciano Agra foi, durante algum tempo, prefeito da capital da Paraíba sem conseguir elevar-se sequer à condição de líder municipal. Enquanto não se rebelou, o prefeito Agra foi tido e havido como pau-mandado do governador Ricardo Coutinho, o chefe girassol. Mesmo que fizesse boa administração, politicamente não valia nada, pois tratava-se apenas de competente trabalho de um subalterno. Agora, que mandou o rei Ricardo lamber sabão, o prefeito de João Pessoa é um líder. Doravante, os erros e acertos de Luciano Agra serão adjudicados ao próprio Luciano Agra. Com sua reação de dignidade, desafiando o tirano e repelindo a condição de vassalo, o Alcaide rebelde galvanizou seus partidários - também rebeldes - e angariou popularidade. Popularidade esta difícil de quantificar, porquanto ainda não testada em em eleições, mas perceptível aos antenados.
É certo que a partir de 1º de janeiro de 2013 Agra será um líder político sem mandato. Pois, é justamente nesta situação que se mede a estatura dos líderes políticos. Querendo continuar a carreira política, o novo líder terá como construir caminho para disputar em 2014, em condições vantajosas, uma vaga na Câmara Federal ou no Senado (disputar vaga de deputado estadual seria pretensão acanhada, tentar o governo estadual seria açodado). Construção de caminhos políticos implicam riscos.

A maior especulação política hoje na Paraíba é aquela sobre os passos de Agra depois da desfiliação do PSB e rompimento com Ricardo Coutinho, o dono do PSB na Paraíba. Uma opção seria o prefeito ficar distante da disputa, afastando-se das campanhas. Optando por alguma candidatura poderia ser: Nonato Bandeira (PPS), Cícero Lucena (PSDB), Zé Maranhão (PMDB) ou Luciano Cartaxo (PT). Gente maldosa ainda especula com a opção por Estelizabel (PSB), mas tal opção não tem sentido, seria morte política para Agra, logo após sua ressurreição.

Vou opinar sobre o melhor lance de Agra no xadrez político de agora para vitória em um futuro próximo: apoiar o outro Luciano, o Cartaxo. E explico.

Ficando fora da disputa, Agra demonstrará inapetência política, estará abdicando do papel de líder.

A opção por Nonato Bandeira pode ter apenas algum valor sentimental, de solidariedade na humilhação sob o mesmo déspota. Mas Nonato, apesar de dissidente, guarda um ranço ricardista tão forte que não consegue convencer ninguém que é de oposição. E também não sendo de situação, não é nada.


A opção por Cícero Lucena não é boa porque um político que construiu sua história no PT e PSB, como Agra, não dá liga com o PSDB.


Com o PMDB de Zé Maranhão poderia dar liga, e o ex-governador é o favorito para a disputa de outubro. Mas vejam; esse é o problema. O candidato do PMDB não precisa de Agra para vencer as eleições. Certamente o apoio do prefeito aumentaria a quantidade de votos do peemedebista, mas isso não seria notado, nem lhe seria creditado. 


Com o PT de Cartaxo, Agra e seus companheiros rebeldes fazem liga fácil, mesmo porque vários deles, inclusive o próprio Agra, são oriundos do PT e sempre atuaram no âmbito da esquerda socialista. No quadro atual, o esforço do PT é para levar seu candidato ao segundo turno; o que não está nada fácil. Portanto, se Agra entrar na campanha do PT e Cartaxo for ao segundo, essa façanha será creditada ao apoio de Agra. Já será o suficiente para viabilizar a candidatura federal de Agra. Se o PT vencer a final, os dois Lucianos serão consagrados.


É uma opção arriscada? É. Pode ser que Cartaxo não vá ao segundo turno nem com o apoio de Agra. Seria desolador. 


Mas, um líder político não se constrói sem correr riscos. E o risco maior já foi enfrentado e vencido por Luciano Agra, ao rebelar-se contra a tirania girassol.



domingo, 10 de junho de 2012

Estelizabel - PSB: crônica de uma derrota anunciada

Na convenção deste domingo, 10 de junho, realizada no auditório do Liceu Paraibano, o PSB concluiu a construção da derrota da sua candidata à Prefeitura de João Pessoa-PB, Estelizabel Bezerra. Ela venceu a convenção por 305 votos a 142. Venceu, internamente, derrotando quem? Derrotando o prefeito, candidato natural à reeleição. O prefeito Luciano Agra, bem avaliado pelos pessoenses, é o líder socialista com mais prestígio na capital paraibana. Este líder foi tratorado, humilhado e tripudiado pelo dono do PSB na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho.

Autoritário, prepotente, arrogante e com a vaidade sempre à flor da pele,  o déspota Coutinho trata como lixo todos os correligionários e aliados que não sejam totalmente submissos. Fez isso com o prefeito Agra, que reagiu. Um pouco tardiamente, mas reagiu. Na convenção, tentaram constranger o prefeito com um documento de imposição de fidelidade: quem perdesse (num jogo de cartas marcadas) seria obrigado a apoiar o vencedor. Agra só assinaria se fosse um estúpido, um pobre coitado. E está provando que não é. Ao sair da convenção, disse: "Vou reavaliar a possibilidade de continuar no PSB. Não quero ser mais humilhado pelo PSB".

Temos, como resultado mais significativo da convenção do PSB, o fato de que o prefeito do PSB não irá apoiar a candidata do PSB. Muito provavelmente, não ficará neutro. Seu apoio será de máxima importância no desfecho da eleição. Se Agra apoiar Luciano Cartaxo, caminho mais provável, o candidato do PT terá condições de desbancar Cícero Lucena, do PSDB, indo decidir a final com Zé Maranhão, do PMDB. De qualquer forma, sem o apoio do prefeito Agra, Estelizabel não corre risco nem de ir ao segundo turno.

Os partidários de Estelizabel, cujo nome de campanha é Estela, contam com a estrela do governador Coutinho, um político que tem acumulado seguidas vitórias. Mas vejam: Ricardo Coutinho foi um esforçado militante petista, bom vereador, bom deputado e bom prefeito; portanto, há de se concluir que suas vitórias passadas se sustentaram mais em trabalhos bem realizados do que na força dos astros. Ocorre que Coutinho, surpreendentemente, vem realizando um governo desastroso, uma coisa de assustar. E não é só a ruindade do governo que pesa, é a ruindade do próprio governador. Perseguidor, cruel e implacável, o chefe girassol tem praticado ruindades raras, mesquinharias deprimentes, traições deploráveis. Contra todos: professores, agentes do Fisco, policiais, médicos, enfermeiros e o povo em geral. Até com estudantes o governador comprou briga. Quase ninguém escapou da sanha deletéria ricardista, nenhuma categoria deixou de ser prejudicada. E, em alguns casos, foram tamanhos os prejuízos que se registraram suicídios.

Não é o caso que o prestígio do governador Ricardo Coutinho esteja em baixa, é mais que isso: ele está sendo odiado e hostilizado pela maioria da população da Paraíba. Na capital, a ojeriza a Ricardo será ainda maior, porque na capital tem um maior contingente de funcionários públicos, sendo estes vítimas de especial e sistemática perseguição do governo socialista-girassol.

A derrota da candidata Estela não será, principalmente, culpa da Estela. Com o massacre do prefeito Agra, o único socialista com condições de competitividade, o PSB colocou-se fora da disputa. O chefe girassol e seus sectários construíram a derrota do PSB. Luciano Agra, ao se rebelar e dizer que não mais aceita ser humilhado pelo PSB, denuncia e anuncia a derrota construída. 

sábado, 9 de junho de 2012

José 'Pepe' Mujica, um socialista de verdade

A doutrina socialista prega a distribuição mais igualitária possível das riquezas e postula um governo de trabalhadores. O marxismo é um socialismo radicalizado, adepto da violência como caminho para construção da igualdade, inclusive a violência do Estado Socialista, na forma de "Ditadura Revolucionária do Proletariado". Muitas vezes, porém, na prática a teoria é outra. Tem muito socialista que só gosta de distribuir riqueza se for a dos outros. Ver hoje em dia um socialista que pratica o que fala, especialmente quando chega ao poder, é uma raridade e um espanto. Espantem-se, pois, com o Presidente do Uruguai, o ex-guerrilheiro tupamaro José 'Pepe' Mujica.
Eleito em 2009, assumindo em 2010, o Presidente Mujica recusou morar no Palácio do Governo, permanecendo na casa humile do seu pequeno sítio (20 hectares), em um bairro operário a 20 minutos do centro de Montevidéu. O trecho de 20 minutos ele percorre no seu fusca ano-1987, uma lata velha avaliada em 1.925 dólares. O salário do Presidente do Uruguai é de 12.500 dólares mensais. Ele doa 90 por cento para programas sociais. Do que resta, ainda tira uma parte para pagar o tratamento de uma irmã esquizofrênica.
O socialismo chegou ao poder também no Brasil, com o Partido dos Trabalhadores, cujos principais dirigentes são marxistas (menos Lula, que nunca leu uma página de Marx, sendo esta, segundo o amigo Delfim Neto, sua melhor qualidade). Os socialistas brasileiros poderiam seguir a prática e os conselhos do Presidente Mujica. Vejam alguns destes conselhos, excelentemente socialistas:

"Viver como pobre é a única maneira de libertar-se das pressões da sociedade de consumo";

"Temos de escapar da escravidão que impõe a dependência material";

"Se você se deixar arrastar pelas pressões da sociedade de consumo, não existe dinheiro que alcance, não tem fim, é infinito".

Mas não, os socialistas brasileiros não seguiram os conselhos do socialista uruguaio. O ex-presidente Lula, segundo a revista Forbes, acumulou uma fortuna bilionária (a Forbes, um bastião do capitalismo, certamente é suspeita; mas que o Luís Inácio fez um pé de meia e cultiva hábitos caros, lá isso é verdade). Outro socialista que gosta de dinheiro e cultiva hábitos caros é o Zé Dirceu. Tendo o mandato de deputado cassado, dedicou-se o Zé ao ramo das consultorias milionárias, tendo como clientes vários capitalistas do planeta, inclusive o mexicano Carlos Slim, o homem mais rico do mundo. Outra maravilha do socialismo brasileiro é o Antonio Palocci, oriundo do trotskismo, a corrente mais radical do marxismo. O ex-ministro socialista Palocci, também consultor, conseguiu, com suas consultorias, levantar, em poucos meses, uns 20 milhões de reais.

Enfim, a coisa mais difícil no Brasil é encontrar um destacado socialista que seja pobre. Pelo contrário, os mais destacados deles deixaram-se "arrastar pelas pressões da sociedade de consumo", onde, como ensina o sábio Mujica, "não existe dinheiro que alcance, não tem fim, é infinito".

Ainda não teve fim este post. É que me lembrei do detalhe da gravata. Perguntado sobre gravatas, que não usa, respondeu o Presidente Mujica: "Só usei na clandestinidade. Era parte do disfarce. Os italianos inventaram a indústria da gravata e ganham muito dinheiro com isso. Mas é algo que não funciona. Pura frescura masculina".

Porque me lembrei do detalhe da gravata? Por causa de outro destacado socialista brasileiro, o Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça do Governo Lula, advogado dos mais requisitados e riquíssimo. Pois, apesar de riquíssimo, Thomaz Bastos foi em busca do infinito e aceitou trabalhar para o contraventor Carlinhos Cachoeira, por 15 milhões de reais (parece que, até agora, só recebeu minguados 5 milhões). E onde está o detalhe da gravata? É que, na primeira audiência do Cachoeira na CPMI, o advogado Thomaz Bastos deixou todo mundo de queixo caído pelo garbo e elegância; elegância esta em que se destacava uma gravata da mais fina marca italiana.

Já que não encerrei o post naquele "Enfim", vou acrescentar mais alguns parágrafos, para mostrar outra coisa, se não espantosa, pelo menos, intrigante. O Presidente Pepe Mujica, sendo radical nos hábitos socialistas, não o é nos pontos da doutrina. Os socialistas brasileiros, em doutrina, são bem mais radicais. Vejam mais um exemplo do pensamento político de Mujica:

"A estatização é uma solução que foi abandonada. Trata-se de uma receita perfeita para desenvolver uma burocracia opressora. Continuo sendo socialista porque sou inimigo da exploração do homem pelo homem. Isso não inclui defender um Estado grande e um funcionalismo inchado. Seria um Desastre".

Certamente, os socialistas brasileiros haverão de considerar Mujica um perigoso reacionário liberal. E ainda mais por este outro ensinamento:

"A melhor lei de imprensa é a que não existe".

Como se sabe, e o presidente do PT, Rui Falcão, deixou claro, hoje, a grande bandeira do socialismo petista é o restabelecimento da censura, através do que eles chamam de "controle social da mídia", ou "democratização da imprensa", ou "ley de los médios", ou qualquer outra embromação.

Enfim, o último enfim. Se o uruguaio José 'Pepe' Mujica for um autêntico socialista, os socialistas brasileiros serão mais falsificados do que uísque paraguaio.

  

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O jovem Zé Maranhão

Com as contas da campanha de 2010 aprovadas, ficha limpinha, o ex-governador Zé Maranhão é o franco favorito na disputa pela disputa da Prefeitura de Jampa-PB. Mas era também favorito nas eleições para governador em 2010, e perdeu. Para não perder de novo, precisa aprender com os erros. O principal deles, todo mundo sabe e Zé já reconheceu, foi deixar-se ficar nas mãos de uma equipe que o blindou, isolou e escondeu. Certa da vitória, a equipe queria o governador só para si. O principal responsável pelo erro fatal, claro, não foi a equipe, mas o candidato. Está nas mãos dele não se deixar mais ficar na mão de outros. Pesquisas, também deve ter aprendido Zé, quando boas, devem ser recebidas com cautela; quando boas demais, com desconfiança.

Outra estratégia prejudicial foi o retraimento do candidato em relação aos debates. Havia um entendimento generalizado, provavelmente compartilhado pelo próprio Zé, quanto a não ser ele bom de debate. Porém, está acontecendo algo surpreendente e, para os partidários de Zé, muito animador: ele está dando um show nas entrevistas, saindo-se muito melhor do que seus concorrentes, todos com menos idade. Com menos idade, porém, não mais jovens.

Com mais de 70 anos, Zé está demonstrando um vigor físico e mental impressionante, de fazer inveja. Eu vinha notando isto só de ver o candidato nas entrevistas de televisão. Mas nos encontramos na festa de aniversário de Lis Albuquerque, lá no Quiosque do Arruda, no Bessa. Zé estava por demais esperto, numa exuberância juvenil. E isso foi antes do TRE legitimar definitivamente sua candidatura.

Um feio adversário, que não deve ser desqualificado por ser feio, tentou desqualificar Zé Maranhão por velhice. Deu-se mal.

Se depender de juventude, o Zé tá eleito.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

o autoritarismo do PT de Lula e os resistentes: os casos Marta Suplicy e João da Costa

Ao usar a expressão "o autoritarismo do PT de Lula", suponho um outro PT: não autoritário e não capacho de Lula. Esse PT, se de fato existir, terá lideranças, mas não um dono e chefe, como o tem o PT de Lula. Esse PT de Lula não conseguiu submeter a presidente Dilma e não tem força para isso. Mas tem força para massacrar outras resistências. A senadora Marta Suplicy, em São Paulo, e o prefeito João da Costa, em Recife, estão sentindo o peso do autoritarismo do PT de Lula. Por enquanto resistem. Não será fácil resistir dentro do PT, talvez tenham de chegar ao rompimento, para manter a dignidade.

Em relação ao prefeito João da Costa, o desfecho é próximo e previsível. O PT está roubando a candidatura de João à própria sucessão, vai impor, como biônico, o senador Humberto Costa. Ao João, para manter a dignidade, só restará fazer campanha contra o Humberto, declarando o rompimento.

Para Marta Suplicy não há desfecho próximo, e o que se pode prever é que terá de enfrentar um cerco odioso na tentativa de submetê-la à sabujice coletiva. No post anterior, falando sobre o início dos ataques dos petistas inconformados com o desinteresse de Marta pela candidatura do menino dos olhos de Lula, o Fernando Haddad dos 3 por cento, disse que esses ataques não haviam sido violentos, mas que iriam crescer. Ontem, 5 de maio, li na Folha um artigo dos mais sebosos, que mostra a Marta o que a espera. O troço, escrito por um tal de Cláudio Gonçalves Couto, endeusa o chefe Lula como condição para desmerecer quem o desafiou. Por exemplo: a imposição do nome de Haddad por Lula é chamada pelo capacho Couto de "a unção de Lula". Depois de demonstrar o quanto Lula é sábio e infalível, Couto faz sobre a herege Marta o seguinte prognóstico: "Em tal cenário, o beicinho de Marta, se mantido, tenderá a lhe causar um ostracismo interno. Organizações tão densas não costumam deixar barato esse individualismo".

Como se vê, o PT de Lula está se tornando uma organização coletivista onde a expressão da personalidade individual é um desvio. Organização rarefeita de indivíduos com personalidade própria, mas densamente povoada de sabujos.

Os rebeldes vão sofrer, mas valerá a pena.

 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A rebeldia de Marta e a cobrança dos sabujos

Convidada para o lançamento da candidatura de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo, sábado - 02, a senadora Marta Suplicy não foi e não deu satisfação. Estavam lá, além do candidato, o chefão Lula e outros chefes petistas, inclusive o nº 2 Zé Dirceu. Ansiosamente esperada, Marta deixou desesperado um candidato que conta com ela como tábua de salvação de uma candidatura naufragada, que se vai afogando em 3 míseros por cento.
Como Marta deixou o candidato 3 por cento a ver navios, os petistas passaram a cobrar e a falar mal dela. Não ainda um ataque violento. Edinho Silva, presidente do Diretório Estadual do PT, por exemplo, disse que "Marta erra politicamente". As falas dos petistas contrariados vão no sentido de enquadrar Marta Suplicy. Exigem dela "coerência partidária", "companheirismo", "dedicação à causa". Essa conversa, aparentemente bonita, é, no contexto político da indicação de Haddad, uma nova afronta a Marta e uma confirmação de sabujice com que agiram os que hoje se inconformam com o desinteresse da senadora por uma candidatura de araque. O contexto referido é bem conhecido, mas cabe resumir.

Ex-prefeita de São Paulo, Marta era favorita na disputa pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab. Em todas as pesquisas de intenção de voto, a ex-prefeita aparecia em primeiro lugar com mais de 30 por cento das intenções. Aí veio o dono do PT e - provando que o PT não é um partido, mas um curral - impôs o seu favorito. O nome que os vassalos tiveram de engolir é tão ruim que, tendo o PT um patamar histórico de cerca de 30% do eleitorado paulista, Fernando Haddad começou com 4% e conseguiu, com o apoio de São Luiz Inácio, o milagre de descer para 3%.
A senadora tentou resistir, alegando o óbvio: que não se troca uma candidatura que tem 30% de intenção de voto por outro que tem 3%. Não adiantou, foi tratorada. Magoada, recolheu-se. Foi esse seu erro. Não devia ter se recolhido, devia ter resistido, devia ter mandado Lula ir cuidar da saúde, devia seguir até a convenção, para bater chapa. Mas ensaia uma rebelião. Se esta rebelião vingar, não dará mais para levar Marta à convenção, não terá como salvar o PT paulista da derrota e do desastre. Todavia, uma Marta rebelada salvará sua dignidade, sairá da vala comum dos sabujos, dos que deixaram de pensar para seguir cegamente "Il Duce".
O cerco de cobranças dos petistas sobre Marta vai crescer, exigindo que ela salve um Haddad sem salvação, ameaçando culpá-la por uma derrota que não foi ela quem construiu. Poderá a culta sexóloga responder com a simplicidade dos ditos populares: "Quem pariu Mateus que o embale".


  

A pesquisa Ipespe, o rebelado Agra e as nuvens

A não ser em casos excepcionais, compro (em sentido figurado, claro) as pesquisas eleitorais pelo valor de face. A face da mais recente pesquisa para a eleição de prefeito de Jampa-PB (Ipespe-Jornal da Paraíba) consolida opinião que eu já tinha formado; quer pela interlocução com dezenas de pessoas, quer pela análise das pesquisas anteriores. Todavia, a nuvem política não haveria de estar exatamente igual. Vejamos os cenários:

cenário 1

José Maranhão (PMDB) 22%
Cícero Lucena (PSDB) 19%
Luciano Cartaxo (PT) 7%
Estelizabel Bezerra (PSB) 5%
Toinho Sopão (PTN) 4%
Geraldo Amorim (PDT) 2%
Nonato Bandeira (PPS) 1%
Major Fábio (Dem) 1%
Ítalo Kumamoto (PSC) 0%
Lourdes Sarmento (PCO) 0%
Antônio Radical (PSTU) 0%
Nenhum-Brancos-Nulos 16%
Não sabem-Não responderam 23%

No cenário 2, com Luciano Agra no lugar de Estelizabel, temos:

José Maranhão (PMDB) 21%
Cícero Lucena (PSDB) 18%
Luciano Agra (PSB) 10%
Luciano Cartaxo (PT) 7%
 Para os outros pré-candidatos, que têm nada ou quase nada, nada mudou. Sobre a opinião consolidada, só posso "chover no molhado", em seguida, falarei das novas nuances da nuvem.

O ex-governador Zé Maranhão (PMDB), se pular neste São João a fogueira da ficha limpa, é o favorito. Cícero Lucena (PSDB), se pular as fogueirinhas que restam dos velhos processos, vai disputar o segundo turno com o favorito Zé Maranhão. Estelizabel Bezerra (a simpática Estela, do PSB) está fora, não corre perigo nem de ir ao segundo turno. Parece-me, a Estela, pelo pouco que dela conheço, pessoa de grandes qualidades: ativa, competente, bem falante, simpática, etc. O que a derruba não é, portanto, ela mesma; quem a derruba é ele mesmo..., o cara, governador Ricardo Coutinho. O cara, que já foi senhor de uma antipatia glamourizada (utilizada, inclusive, em uma bem feita propaganda no guia eleitoral da eleição passada), tornou-se um antipático sem glamour, insuportável. Diferentemente do outro "cara", que foi capaz de eleger um poste, esse cara daqui da Paraíba será capaz de perder até para um poste; pelo menos em Jampa.

As novas nuances da nuvem:

1) A candidatura de Luciano Cartaxo travou. A empolgação que houve com a brilhante vitória sobre a ala entreguista-fisiológica do PT-Jampa perdeu fôlego. O motivo, ao certo, não sei. Especulo, todavia, que tenha relação com os desatinos do PT a nível nacional. Destaque-se: as maquinações petistas para restabelecer a censura, intenção abertamente declarada em um discurso cretino de Rui Falcão, presidente nacional do PT; a prepotência coronelista de Lula da Silva em São Paulo, onde humilhou e defenestrou Marta Suplicy para impor um candidato 3 por cento; os avanços de Lula da Silva sobre o Supremo Tribunal Federal para tentar adiar (ou melar) o julgamento do mensalão.
Certamente, o PT de Jampa tem como recuperar o fôlego e disputar o segundo turno. Chegando lá, a nuvem estará tão diferente que nem adianta fazer, agora, qualquer prognóstico. Mas, vejam bem e olhem para cima: se a nuvem mudar na direção da nova nuance que vou anunciar, ficará escuro para a canditura do PT.
2) A rebeldia do prefeito Luciano Agra empolgou. Se vencer a disputa interna no PSB, derrotando a favorita do rei, sua candidatura será competitiva. De imediato, desbancará o terceiro lugar do outro Luciano. Este novo Luciano Agra, livre do medonho jugo ricardista, redivivo pela rebeldia, está tão entusiasmado que já disse uma tolice eufórica, lá na "festa dos chapéus", no Clube Cabo Branco: "Vamos unir forças para ganhar ainda no primeiro turno". Essa estória de dizer que ganha no primeiro turno não é aconselhável nem para quem já é oficialmente candidato e está muito na frente nas pesquisas, muito menos será para quem nem sequer venceu a disputa interna.

Feliz início de semana para todos, e até a próxima nuvem.

sábado, 2 de junho de 2012

Rebelião

Coisa bonita em política é rebelião. Faz bem pra saúde, rejuvenesce e fortalece. Vejam o prefeito Luciano Agra, que vivia como um girassol murcho e triste sob o jugo da tirania do girassol-rei. Agora, rebelado, Agra bate no peito e ruge: "Eu sou um leão". Disse isto, lá na festa do Cabo Branco, para uma multidão de girassóis rebeldes e entusiasmados. Se ele vai derrotar a "favorita do rei", a simpática Estela, não se sabe. Mas uma coisa Agra já ganhou; ganhou a honra.
Bonito também está fazendo o prefeito de Recife, o petista João da Costa, que está mantendo sua candidatura, vitoriosa em prévia, contra a imposição desavergonhada do autoritarismo lulista.
Quem deixou de fazer bonito foi a senadora Marta Suplicy. Fez muito feio: sendo a favorita na disputa para a Prefeitura de São Paulo (primeiro lugar nas pesquisas com mais de 30%), aceitou se submeter à extravagante exigência do dono do PT, que cismou de colocar no lugar de Marta um candidato, o Fernando Haddad, que tinha 4% e caiu pra 3%.
O dono do PT, aliás, o Lula da Silva, que já foi símbolo de rebeldia, é hoje o mais acabado exemplo de autoritarismo coronelista. Lula manda no PT da mesma forma que os coronéis da República Velha mandavam nos seus currais.

VIVA A REBELDIA!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Girassóis em chamas: a rebelião de Agra, o discurso arrogante de Ricardo, baixaria coletiva e a "prática marxista"

Ontem, quinta-feira, num discurso longo e arrogante, bem ao seu estilo, feito lá no Hotel Ouro Branco, em aberta campanha para sua candidata a prefeita de Jampa-PB, Estelizabel Bezerra (a Estela), o governador Ricardo Coutinho, dono do PSB da Paraíba, disse, lá pelas tantas: "Não vale baixaria nem disputa pequena". Em seguida, revelou a intenção de "dar três palmadas na bunda" do prefeito Luciano Agra. Expressão um tantinho baixa, pois não?

O girassol-rei não está sozinho nas baixarias contra o correligionário e ex-aliado, alguns girassóis vassalos o acompanham nessa, digamos assim, "prática marxista". Como meteu-se o marxismo nessa briga? Foi assim: criticando algumas atitudes do prefeito Agra, o presidente do PSB-JP, Ronaldo Barbosa disse: "Esse não é um comportamento da prática marxista". Que o PSB seja marxista, fiquei sabendo agora. É uma informação importante, mas Barbosa deve completar a informação: a) consta do programa do partido a doutrina marxista?; b) é marxista revolucionário, bolchevista?; c) prega a "ditadura do proletariado"?; d) sua principal regra de organização é o "centralismo democrático", tal como rege o marxismo-leninismo?
Enquanto o dirigente socialista-marxista elabora as respostas, vamos analisar mais um trecho da "fala do rei", e ainda alguma coisa sobre "prática marxista".

Da fala de Ricardo: "Não se deve permitir que secretário ou secretária mande num governo, porque se for assim não precisa de governante"

Ricardo está insinuando (no contexto, está afirmando) que o prefeito Agra é pau mandado dos secretários (a secretária em questão, claro, é Roseana Meira, ex-esposa do prefeito). Se a insinuação de Ricardo condiz com a verdade, não sei. Mas sei o seguinte: a) tal insinuação é disputa pequena; b) prefeito não deve ser pau mandado de secretários, nem de governador, nem de ninguém; c) Ricardo exigia do prefeito Agra que fosse seu pau mandado; d) o prefeito Agra deixou de ser pau mandado de Ricardo - no que, aliás, fez muito bem -; e) se conseguir eleger Estela, Ricardo exigirá dela que seja pau mandado.

Sobre "prática marxista": o presidente do PSB-JP, o já referido marxista Ronaldo Barbosa, levantou suspeição sobre reunião que o prefeito Agra anunciou para amanhã - 02 de junho -, e encaminhou à Justiça documento onde procura resguardar o partido que dirige de possível ilegalidade (campanha fora de época, com agravante de uso da máquina administrativa) na dita reunião; oficialmente, diz o dirigente, o PSB nada tem a ver com a iniciativa do filiado Agra. Justa precaução. Mas ele fez isso logo depois de o governador, seu chefe, comandar uma reunião - onde o que mais tinha era gente remunerada pelo governo estadual - de propaganda antecipada e promoção escancarada da pré-candidata Estelizabel Bezerra. Deduzo que esta seja uma "prática marxista". Mas é também burra. Com efeito, se a Justiça Eleitoral vier a penalizar o prefeito e pré-candidato Agra por campanha antecipada na reunião do sábado, da mesma forma penalizará o governador e sua pré-candidata pela reunião da quinta. Se o marxista praticante Ronaldo Barbosa pretender que a Justiça seja parcial, estará praticando mal. E terminará por se dar mal.

Ressalve-se, por justiça, que a pré-candidata Estela tem se mantido longe de baixarias, comportando-se sempre com elegância. Devo mesmo dizer que tenho pela Estela admiração e simpatia. Pelo pouco que conheço dela, acho que, se fosse eleita, uma vez no cargo, não aceitaria ser pau mandado: mandaria Ricardo lamber sabão (ou comer o sabão inteiro) em muito menos tempo do que o fez o prefeito Agra.